Folha de S. Paulo
Gestão se encerra as com marcas da
paralisia, do vazio de políticas públicas e da turbulência golpista
Depois de quase três semanas, Jair
Bolsonaro voltou ao Palácio do Planalto para um dia de trabalho. O
capitão retornou ao gabinete presidencial para apagar as luzes de um governo
que se encerra com as mesmas marcas dos últimos quatro anos: paralisia
administrativa, vazio de políticas públicas e turbulência golpista.
Bolsonaro havia se recolhido por quase 20 dias num misto de melancolia pela derrota eleitoral e a recuperação de um processo infeccioso em uma das pernas. Nesse tempo, o governo não sentiu a necessidade de apresentar nenhuma satisfação sobre o problema de saúde que mantinha afastada do trabalho a principal autoridade do país.
Durante a licença médica informal, o
presidente dedicou algum tempo a uma de suas atividades favoritas, a
conspiração golpista. No início da semana, ele recebeu o presidente do PL no
Palácio da Alvorada para acertar os detalhes de sua última investida contra o
processo eleitoral.
Apesar de ter quase 40 dias de mandato pela
frente, Bolsonaro não demonstrou preocupação em entregar a gestão numa situação
razoável. Depois da farra no Orçamento para turbinar a campanha fracassada à
reeleição, o
governo anunciou um corte de gastos que ameaça paralisar a máquina
pública.
A Polícia Federal interrompeu a produção de
passaportes, e a Polícia Rodoviária Federal ficou sem dinheiro para a
manutenção de viaturas. "O governo nunca passou tão apertado assim. Haverá
eventualmente falta de atendimento de serviços prestados pelo governo, mas
chegaremos ao fim do ano", avisou o secretário do Tesouro, Esteves
Colnago.
Na saúde, o ministro Marcelo Queiroga
parece ter descoberto agora que 70 milhões de brasileiros não tomaram a
primeira dose de reforço da vacina
contra a Covid. Na contramão do chefe, ele fez um apelo para que a
população se imunize.
Políticos autoritários não costumam aceitar
a derrota com elegância ou senso de dever cívico. Não se deve esperar de
Bolsonaro nenhum passo em direção à normalidade.
"Depois da farra no Orçamento para turbinar a campanha fracassada à reeleição,"
ResponderExcluirLula lutou contra bandidos. Farra é termo leve demais - TRAPAÇA no orçamento descreve melhor.
Mas o genocida é tão ruim q mesmo com trapaças MIL no orçamento, na PRF, dentre muitas outras, PERDEU!!!
Apaga as luzes? Que absurdo... Que luzes?? Este foi um DESgoverno SEM luzes, de TREVAS absolutas, só sombras e barbárie! As luzes foram apagadas em 1 de janeiro de 2019 e nunca mais foram acesas! As poucas luzes só reaparecerão em 1 de janeiro de 2023... Foram as trevas perenes que mantiveram um general INCOMPETENTE (Pazuello) como ministro da Saúde por mais de 1 ano! Por mais de 2 anos um CRIMINOSO AMBIENTAL já condenado foi ministro do Zero Ambiente. E, por 4 longos anos, canalhas incompetentes e bandidos se revezaram no ministério da Educação, numa competição de quem era PIOR pra Educação brasileira! E por 4 inacabáveis anos, fomos comandados por um miliciano GENOCIDA, que se manteve na presidência pagando com nosso dinheiro os serviços do Centrão, enquanto nos deixava, com apoio de Aras e Lira, na mais profunda ESCURIDÃO!
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