Folha de S. Paulo
Definição da equipe de Lula tem nomes com
problemas no currículo e fogo amigo
Faltou dar um Google no nome de Edmar
Moreira Camata. Escolhido para chefiar a Polícia Rodoviária Federal a partir de
janeiro, ele foi o primeiro
integrante do novo governo a cair, 24 horas depois de ser anunciado para o
cargo. A equipe de Lula descobriu tarde que o servidor era um fã da Lava Jato e
havia comemorado
a prisão do petista em 2018.
O lavajatismo é considerado pelos lulistas um pecado capital. A PRF é reconhecidamente uma instituição contaminada por bolsonaristas e antipetistas em geral. A escolha errada para o comando de um órgão sensível sugere que ainda há potenciais bombas e uma dose de descuido no caminho da montagem do governo.
Outros problemas já foram identificados,
mas Lula ainda não decidiu como lidar com todos eles. O PSD quer fazer o
deputado Pedro Paulo ministro do Turismo. O presidente eleito disse a aliados
que a escolha provocaria reações inflamadas. O parlamentar foi investigado por
agressão à ex-mulher, num
processo arquivado pelo STF em 2016. O tribunal atendeu a um pedido da
Procuradoria-Geral da República, que afirmou que o parlamentar não cometeu
violência.
Outros nomes cotados para o primeiro
escalão são alvo de fogo amigo na equipe de transição. Ana Moser, que deve ir
para o Esporte, sofreu resistência entre aliados de Lula por ter sido contra a
Olimpíada no Brasil, um projeto encampado pelos governos petistas. Por esse
motivo, em 2015, Dilma chegou a retirar um convite feito à atleta para
chefiar a Autoridade Pública Olímpica.
Alguns constrangimentos são provocados pelo
comportamento político dos possíveis ministros. Com fôlego para integrar a
Esplanada depois
de relatar a PEC da Transição, o deputado Elmar Nascimento (União Brasil)
era um adversário ferrenho de Lula na Bahia. Petistas desencavaram declarações
em que ele fala em "exterminar" o PT e chama a sigla de
"organização criminosa".
Nem todos esses ministeriáveis vão para a
guilhotina. Os acertos partidários e outros fatores podem cobrir o custo dos
problemas identificados nos currículos. O futuro governo precisa saber muito
bem quem está comprando para a Esplanada.
Boa, Bruno
ResponderExcluirÉ, nem tudo são flores nos canteiros do Lula... Tá cheio de erva daninha entrando!
ResponderExcluirMais um na linha,teu passado te condena.
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