Valor Econômico
Petista poderá exceder o teto de gastos em
montante muito acima do imprescindível para atender a algumas promessas de
campanha
A um custo baixo, o presidente
eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, deve conseguir
quase tudo que pediu ao Congresso. Como ele mesmo adorava dizer em
seu primeiro mandato, nunca antes na história deste país um futuro governante
consegue aprovar uma medida econômica antes de tomar posse e em minoria
congressual.
O petista poderá exceder o teto de gastos em montante muito acima do imprescindível para atender a algumas promessas de campanha e poderá substituir o limite constitucional por nova âncora fiscal definida por lei complementar. Na prática, conseguiu a revogação condicionada do teto de gastos.
O custo baixo fica por conta da dinâmica
política estabelecida depois da derrubada do orçamento secreto pelo Congresso.
Para cumprir os compromissos que assumiu com sua base e conseguir se reeleger
presidente da Câmara, Arthur Lira, literalmente desceu do pedestal. Abriu mão do
direito tradicional garantido ao chefe da casa legislativa de se abster em
votações e marcou seu voto favorável à PEC. Afinal, metade das emendas de
relator se tornarão impositivas e a outra metade entrará em programas do
governo. Isso fez com que a aprovação da PEC se tornasse um modo de Lira
sobreviver, e não de barganhar postos no governo.
Daí se entende a adesão do PP à PEC, rachando a base bolsonarista. A votação apertada deixou claro que, se não fosse o partido de Lira, a PEC não passava. Mas se a PEC não passasse, Lira estaria com sua reeleição ameaçada.
É esse tipo de boa análise correta, direta e com dose certa de humor que deixa o racista WWaack rasgando-se com as unhas ferinas, dada a sua incapacidade de fazê-la
ResponderExcluirCom uma mão lava a outra.
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