Há que sentir alento quando o presidente eleito - após uma
campanha árdua por todo o país e ainda mal saído de um procedimento médico - desloca-se,
mais uma vez, antes da sua posse, à capital federal, para conversar pessoalmente
com partidos e lideranças aliadas e adversárias em busca de calibrar os passos iniciais
de um governo que tem tudo para ser ainda mais desafiador do que foi a
campanha. Por outro lado, recuperamos uma
boa memória quando diferenças políticas voltam a se apresentar em seus variados
matizes, ultrapassando, aos poucos, a paisagem binária que desertificou a
política brasileira nos últimos anos. O público pode observar conflitos e entendimentos
políticos transcorrerem sob luzes mais potentes, tendo à mão informações menos
truncadas, que permitem percepções e opiniões se formarem de modo menos ingênuo
e mais realista do que como se deu durante uma campanha marcada por jogadas
populistas e discursos maniqueístas, para além do que é habitual em eleições.
As dificuldades do país estão saindo das sombras, sob as quais se acumulavam e agigantavam. Chantagens não deixam de ser parte do repertório da política, mas perdem o caráter violento, até mórbido, que vinham tendo. Em vez de ameaças, as urgências fazem agendas; em vez de berros, há diálogos. Nada é ingênuo, ou idílico, mas toda ambição e contenda adquirem tons mais razoáveis. Interesses não deixam de estar em toda parte, mas buscam legitimar-se politicamente sem qualquer deles arvorar-se a soberano. Concorrências seguem imperfeitas, entre forças assimétricas, mas a persuasão torna-se língua franca, sem a qual nenhuma diretriz se comunica, nenhum poder se efetiva. A esse conjunto de realidades, aceitas e valorizadas numa democracia, podemos chamar de complexidade.
Reconhecer, saudar e compartilhar a experiência da complexidade política não é pintar a situação de cor-de-rosa e diminuir um senso crítico que precisa estar aguçado. Até a posse do presidente eleito - e durante algum tempo, além dela - a maioria dos brasileiros viverá a experiência do alivio, que durará mais se muitos outros brasileiros, hoje desconfiados e desalentados, passarem a compartilhá-la. O tempo da política serve à obra desse compartilhamento e não há mais nenhum tempo disponível para a disputa que a eleição resolveu. A complexidade – que é uma realidade objetiva – reclama a parceria de uma subjetividade política moderadora, para orientar condutas de quem saiu das urnas com mandatos para governar ou fiscalizar o governo. Mas a moderação tem comparecido com frequência e intensidade insuficientes para garantir que a complexidade benigna não desande em cacofonia e frustração.Com a chamada PEC da transição, o futuro governo apostou alto,
quando precisava pisar devagarinho num chão altamente movediço na superfície,
embora fértil, se submetido a uma boa prospecção política. A gramática da política
comunica que Lula foi eleito juntamente com um Congresso com maioria de centro-direita
onde será forte uma orientação liberal em economia. Ainda que a esquerda
brasileira conserve alta resistência a entrar em diálogo com essa orientação, o
contexto social do país e do mundo pós-pandemia leva governos a soluções
econômicas pragmáticas, com potencial, no nosso caso, de encurtar distâncias
entre o Congresso e o presidente recém-eleitos. Uma oportunidade e tanto para
se avançar numa convergência entre esquerda e liberais em torno de um agenda social-democrata
atualizada pela perspectiva ambiental, potente cupido dessa virtual aliança.
A urgência das demandas
sociais não dá espaço para erros de cálculo como parece ter sido o da opção por
uma PEC tão gulosa. Ela abriu espaço para infiltração ideológica numa pauta que
tinha tudo para ser pacifica, se tratada pela gramática da política. Um erro,
ainda não de todo reparado, o de permitir que se entabulasse uma falsa
controvérsia entre uma pauta social concreta e o “mercado”, instituição objetiva
da vida comum que premissas ideológicas tratam como se fosse um ator.
Há mais de quarenta anos fui aluno de uma faculdade de economia.
Se a memória e a ignorância na área não me enganam, inventou-se, dias atrás, uma
polêmica em termos semelhantes aos da que havia no final da década dos 70. O
mundo é outro, mas o ânimo doutrinário parece que não. Declaro-me um leigo impressionado
por termos estado diante de uma querela abstrata sobre duas responsabilidades
objetivas, nada doutrinárias, de um governo em vias de ser dado à luz para
lidar com promessas de campanha de complexa concretização em face das
concretíssimas situações de miséria social e das contas do país. Em tal
contexto não parecem caber polaridades que fizeram a cabeça de estudantes de
economia da minha geração. Na vida real não há mais
"desenvolvimentistas" e "monetaristas", ao menos como
antigamente. Mas desde a segunda semana após as eleições, leigos acompanharam,
perplexos, desdobramentos de um suposto impasse entre responsabilidades social
e fiscal, com o detalhe, nada desprezível, de que um dos veículos da
controvérsia foi o próprio presidente eleito, em tese o mais interessado em
manter esse cálice afastado de si e da cena política. Economistas notórios
reagiram negativamente, afirmando complementaridade onde se apontava quase
incompatibilidade. Foram criticados por outros economistas, legitimadores da
controvérsia, que aqueles buscavam diluir. Todo mundo sabe que Bolsonaro
arrombou o teto de gastos. E daí? O debate não é esse. Trata-se de saber se haverá nova âncora
fiscal institucionalizada ou se será dada ao governo a liberdade de decidir a
política fiscal conforme o bom senso do presidente e do ministro que ele ainda
vai indicar.
A polêmica surgira num momento em que ninguém, do MST à Faria
Lima, estava questionando a excepcionalidade fiscal para a emergência social. Dias
depois o presidente eleito reconheceu isso e afastou esse cálice, recuando em
seus excessos retóricos. Mas o ponto não foi abandonado por seus correligionários.
Foi o que mostraram, por exemplo, declarações dadas, no domingo 27.11, à CNN
Brasil, pelo vice-presidente nacional
do PT e deputado federal, José Guimarães, um político influente que
ninguém pode acusar de radical. Sem sê-lo, deixou, contudo, a moderação
argumentativa de lado e declarou que o foco central do novo governo é a
aprovação da “PEC de Transição”, interpretando-a como
desdobramento do processo eleitoral. Em bom português queria dar como verdade
que o formato de PEC e seu conteúdo eram imperativos: “O
país inteiro sabia e sabe a posição do presidente eleito”. Sim, mas quem
disse que a PEC é o caminho melhor para realizar o compromisso da campanha de
garantir os 600 reais do Bolsa Família e mais o adicional de 150 reais
por criança? Trata-se de um assunto político a discutir, como um caminho,
dentre outros, para se cumprir esse compromisso. Em nada ajuda à discussão
apresentar essa PEC como se fosse um imperativo determinado pelo eleitor.
“O governo não precisa de PEC” foi, em contraponto, uma frase
forte usada, numa entrevista (“Governo tem bala de R$ 2 tri contra a
especulação” - Estado de São Paulo, 29.11.2022), pelo economista José
Roberto Affonso, um dos mais respeitados especialistas em finanças púbicas do
nosso país. Ela põe em xeque o coração da tática usada pela equipe de
transição. O centro do seu argumento é a existência de alternativas que
permitiriam ao novo governo lançar mão de reservas para fazer face a gastos sociais
verdadeiramente emergenciais sem comprometer a solvência do país. Mas vozes
petistas, ao se referirem à PEC, têm chegado a falar em ingovernabilidade no
caso de sua não aprovação.
A imoderação não se limita ao argumento, mas é da própria proposta,
em formato de PEC, que em si mesmo requer apoio de três quintos do Congresso. A
ambição não é pouca quando se pretende autorizar um governo ainda sequer
formado a dispor, anualmente, por quatro anos, de 200 bilhões de reais para
usar sem cobertura orçamentária. Com o adendo de que seria uma franquia
concedida por um congresso em final de mandato no qual há mais de duas centenas
de parlamentares que não foram reeleitos. Os que foram eleitos em seu lugar seriam
recebidos por um fato consumado de imensas proporções. É evidente que faltou ao caminho escolhido a
devida moderação. Se fosse mesmo o caso de apresentar uma PEC o razoável era
que respondesse, de fato, a uma emergência.
Os argumentos substantivos para a proposta maximalista foram
basicamente dois: a urgência da fome e a impossibilidade de resolver esse
problema e governar o país com a proposta de Lei orçamentária (LOA) enviada ao
Congresso em outubro, pelo atual presidente e comprometida por vícios
eleitoreiros e cortes arbitrários em gastos sociais e investimentos. Estamos
diante de duas meias verdades. A fome e a situação de miséria em que se acham muitos
brasileiros são, sim, evidente emergência que transforma o programa Bolsa
Família numa prioridade acima de qualquer outra. Mas 105 dos 175 bilhões
necessários ao financiamento do Programa estão contemplados no projeto de LOA. Por
que retirá-los para tê-los fora do orçamento? Também é verdade que o projeto
enviado pelo governo atual possui os problemas apontados, mas não há até aqui
clareza sobre o montante das lacunas emergenciais que os cortes e manipulações
provocaram. O espaço de mais de 100 bilhões de reais que, com a aprovação da
PEC, se abriria no orçamento normal para cobri-las, é um valor arbitrado por
critérios ignorados.
Ademais, o ambiente no Congresso atual é de visível abertura para
mexer no projeto de LOA que se encontra em tramitação. Mas a equipe de
transição optou por gastar semanas que poderiam ser usadas para avaliar -
criteriosamente e com transparência pública - o projeto de LOA e negociar
mudanças, para, em vez disso, tentar (como se tenta, penosamente) aprovar uma
PEC que, tendo a ambição que tem, só teria chance de passar como está num congresso
de companheiros, o que não é o caso. A duas semanas do recesso é quase certo não
haver mais tempo hábil para a discussão mais substantiva sobre quais alterações
fazer no projeto de LOA. A intransparência será o outro lado da moeda do
improviso.
Há algo mais que não "fecha": dizer que, na negociação
em curso, a contrapartida exigida pelas cúpulas do Congresso (leia-se,
principalmente, o deputado Artur Lira) é a reeleição das mesas. A PEC será
votada pelo atual Congresso e as mesas das duas casas eleitas pelo futuro.
Entre os dois a diferença, como já dito, são 219 deputados e mais de duas
dezenas de senadores. Lira não é um amador para entregar um boi à vista em
troca de dois voando. Se, como o professor Affonso afirma, essa PEC for mesmo mais
do interesse do Congresso do que do novo governo, é mais provável que o
interesse magno da cúpula do Legislativo seja algo que vai além das eleições
das suas mesas e sensibiliza o plenário, ou seja, a legitimação do orçamento
secreto. Chego a um ponto já abordado no artigo de duas semanas atrás (“Sentido
e limites da transição e da transigência” -19.11.2022). O risco é Lula
escolher o centrão como aliado preferencial. Aceitar que o preço do acordo, em
vez de redução do prazo da PEC e criação de uma nova âncora fiscal (como querem
economistas liberais e lideranças do centro democrático), seja a
institucionalização do orçamento secreto, tendo como biombo as “emendas do
relator”.
Comenta-se que há gente de todos os partidos envolvida no
orçamento secreto, do PL ao PT. Mas isso não anula gradações, nem dilui a
intensidade das preferências dos partidos. Os do centro não trabalham o tema
como fazem alguns do centrão, para os quais esse é o ponto central a negociar,
questão de sobrevivência para quem estiver na oposição. Os movimentos de
articuladores do governo determinam muito quem estará onde. Usando a expressão
de Élio Gaspari, o peso do comissariado nas decisões e no governo será
proporcional ao número de parlamentares entricheirados no orçamento secreto.
Partidos não são entes da sociedade civil que se comportam
autonomamente. Dependem de como são tratados pelo governo, se como parte
interna ou externa à "base". O PSD já apoia formalmente o governo;
Cidadania e PDT também. O MDB aceitou participar da transição. Mas todos esses
são tratados como interlocutores de um entendimento ainda por fazer. Na melhor
das hipóteses, no mesmo patamar cronológico dos partidos do centrão. Poderá
haver um rumo mais positivo se a negociação se concentrar no Senado e a PEC (ou
outro instrumento legislativo) chegar à Câmara como proposta de uma coalizão
realmente ampla. O valor da PEC poderá ser ajustado e o prazo ficar em dois
anos com alguma âncora, é o que se diz. Mas da Câmara o centrão estimula o PT a
resistir porque poderia obter solução mais indulgente do que as admitidas no
Senado, ao preço de sacramentar o orçamento secreto.
Parece que há aí uma esquina e Lula vai resolver por onde seguirá.
Embora o desfecho do jogo não esteja definido, a tática escolhida já se mostra
claramente, sem espaço para autoengano. Negocia-se com o centrão e até com
setores bolsonaristas como se a base parlamentar do futuro governo fosse
francamente minoritária (a tal base exígua de 140 deputados alegada para
justificar concessões à fisiologia, maiores que as necessárias) sem fazer um
entendimento prévio com os apoios recebidos no segundo turno, o que permitiria
encarar o jogo já como uma coalizão com bancada majoritária no Senado e com
cerca de 45% da Câmara. As sinalizações são de que se adota a mesma lógica de
privilegiar interlocutores de varejo e foge-se de uma concertação pragmática,
envolvendo também aspectos programáticos, como ocorreria com partidos do centro
democrático. A alegação é que não há outro jeito. Haveria, mas passaria por
compromissos de responsabilidade, em economia e em política, que Lula, ao que
parece, não quer assumir. A tática é o mais do mesmo. O grave é que o cenário é
outro, mais próximo do de 2015 do que do de 2003. O PSDB já leu o script
e se prepara para assumir lugar de oposição. Eduardo Leite opera na retaguarda
de Simone Tebet, desguarnecida pelo pouco espaço que sinalizações de Lula dão
para que ela possa levar a parte mais liberal do seu eleitorado a uma atitude
cooperativa com o governo. Se for ministra, poderá ter que deixar alguma bagagem
na antiga estação. O risco que ela corre é se perder num jogo de soma zero e esquecer
de cuidar de sua retaguarda, importante para ter qualquer futuro. No script
do futuro governo seu "lugar de fala" é de coadjuvante. Mais um efeito
do baixo teor de moderação que há na condução da transição.
Pelo que posso entender do emaranhado de propostas surgidas em
torno da PEC, a que Tebet andou defendendo (aprovar a PEC do governo, mas reduzindo
o prazo e nela embutindo uma nova âncora fiscal) seria parcialmente
contemplada, nesse último aspecto, pela PEC alternativa do senador José Serra
que, embora conste ter conseguido 27 assinaturas para tramitar, não tem
recebido atenção da mídia. Sua lógica é inversa: contemplar os gastos extras do bolsa família
que excedam os 105 bilhões já postos no orçamento e mais alguns outros
emergenciais que seriam detectados na revisão do projeto de LOA. Essa lógica de
propor fora do teto o emergencial que o projeto de LOA que hoje tramita não
contempla é, também, a de uma proposta do senador Tasso Jereissati. Ele não prevê
PEC. Propõe seguir o mesmo itinerário das contas de Serra, mas apenas na forma
de créditos extraordinários. Salvo engano, é, também, a mesma linha da proposta
de usar um mandado de injunção concedido, em 2021, por decisão do ministro Gilmar
Mendes, do STF, em favor do cumprimento de uma lei de autoria de Eduardo
Suplicy, prevendo pagar um salário mínimo a cada brasileiro em situação de
vulnerabilidade econômica. Pode ser talvez uma saída para Lula caso a sua PEC
não tenha chances de passar e mesmo uma opção institucionalmente mais vantajosa
para o seu governo, a qual permitiria solução provisória enquanto tramitaria,
em 2023, uma PEC menos improvisada do que a atualmente proposta. Nesse ponto
está presente o mesmo sentido de provisoriedade do caminho apontado por José
Roberto Affonso.
Enfim, se não estou equivocado, são várias propostas diferentes
(de Tebet, de Serra, de Jereissati, do professor Affonso e a do uso da decisão
do STF), que não se sabe se convergirão em algum momento, mas que têm em comum
serem tentativas de evitar o efeito imoderado da PEC da transição de obter
agora uma licença para gastar sem negociar, ao menos por dois anos, limites com
o Congresso futuro.
Qual cenário se confirmará? Ninguém sabe ainda. Talvez nem Lula.
Pode ser que ele consiga vencer a coalizão de objeções aos seus planos iniciais.
Tem sagacidade e talvez força para isso. Foi um pedagógico choque de realidade
ver suas digitais na marcha, em bloco, do conjunto da esquerda para converter Artur
Lira em seu aliado preferencial. Esse é um movimento ancorado em três supostos
no mínimo controversos, para não dizer falaciosos. Primeiro, que esse é o único
movimento que pode viabilizar os compromissos sociais de Lula. Segundo, que
votos de todo o centrão, ou da sua maioria, são necessários. Terceiro, que o
foco da negociação com o centrão é trocar a PEC pela reeleição de Lira.
O primeiro suposto não convence porque todas as propostas
alternativas à PEC, geradas até aqui no Senado, contemplam também - e
integralmente - esses compromissos. O segundo suposto cai por terra se for
considerado que, uma vez celebrada uma coalizão prévia com os 14 partidos já
presentes na base da transição, seriam necessários menos de 100 votos do
centrão (se o caminho fosse a PEC) e menos de 50 se fosse, por exemplo, o que Jereissati
propõe. Quanto ao terceiro suposto, parece ainda mais falacioso dizer que a
esquerda apoia a reeleição de Lira à presidência da Câmara em troca da
aprovação da PEC. Carece de sentido prático porque, como já reiterado acima, as
duas coisas serão decididas por plenários distintos. O apoio à reeleição de Lira
justifica-se, politicamente, por razões internas ao parlamento e também para
dar estabilidade ao novo governo e ao mandato do presidente eleito. A contrapartida
pelo apoio de Lira e de todo o centrão à PEC poderá ser conhecida pelo exame do
efetivo teor que vier a ter a própria PEC que for aprovada e não na eleição da
mesa.
A sustentação do discurso da aliança que se formou em torno de
Lula na reta final do segundo turno (compromisso social, defesa da democracia e
uso correto e transparente dos recursos públicos) pode se tornar bastante
problemática se à sua promissora complexidade não se juntar uma maior dose de
moderação no encaminhamento da transição. A pragmática do novo governo pode se ver
reduzida à exploração propagandística do mantra do "combate à fome'. O preço (desnecessário) de uma mudança voltada
ao resgate (necessário) dessa dívida social (resgate que ainda pode ficar na
retórica por um trato raso da economia) seria fechar os olhos para duas
continuidades nefastas: a desorganização fiscal do Estado e a depreciação da democracia,
pelo nível opaco das relações entre Executivo e Legislativo
Não cabe fazer profecia. Há alternativas ainda. Se Lula impuser uma
tática populista seu governo começará velho, com um ímpeto transformista cuja imoderação
o exporá à maldição de Marx de que a história só se repete como farsa. Mas pode
ser levado a outro script se as resistências visíveis formarem coalizão
por uma mudança mais equilibrada em política social, política econômica e práxis
republicana. Penso que aceitá-lo seria trilhar o caminho virtuoso de querer
muito, mesmo parecendo ser modesto.
* Cientista político e professor da
UFBa
Vocês perderam a vergonha, tanto falatório, tantas palavras bonitas, tantos sonhos e perspectivas cor de rosa desse partido e desse Ladrão que já se mostrou corrupto e incompetente
ResponderExcluirO povo está consciente e não admite perder a liberdade e viver na ditaduras, nós vamos restabelecer a lei e a ordem ninguém aceita, nem os índios brasileiros concordam ser governados por um ladrão
Oladrão não sobe a rampa!