O Estado de S. Paulo.
Captura bolsonarista da PGR abriu um caminho enviesado para o superpoder monocrático de Moraes
Areação aos atos golpistas de 8 de janeiro
uniu lideranças dos três Poderes contra reacionários aloprados e
exibicionistas, dispostos não apenas a cometer crimes publicamente, mas também
a divulgar imagens deles, como fizeram durante invasão e depredação de
Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.
Os autores de crimes de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, geralmente, não são tão imbecis. Eles subornam, são subornados ou desviam recursos públicos longe das câmeras, e disfarçam a propina ou a verba desviada sob a forma (e reforma) de imóveis, remuneração por palestras, contratos advocatícios de serviços jamais prestados, sobrepreços, joias, chocolates, entre outros esquemas tão ou mais complexos.
A falta de confissões e imagens desses
crimes (seja de acerto, pagamento ou desvio), somada ao poder político e
econômico dos agentes usualmente investigados, abre um vasto flanco não somente
de defesa jurídica, mas de blindagem dos alvos por autoridades complacentes e
de sequestro da narrativa no debate público por influentes porta-vozes.
Jair Bolsonaro aloprou durante anos no
Executivo, inclusive ao longo da pandemia, sob as omissões de um Congresso com
orçamento secreto e um procurador-geral da República pró-sistema, escolhido
pelo então presidente em meio à investigação de seu filho Flávio.
Augusto Aras agradou tanto ao sistema com a
extinção da Lava Jato que foi reconduzido ao cargo pelo Senado com aval do PT
de Lula, mas, como sua complacência com o bolsonarismo foi muito além dos casos
de peculato, o STF aproveitou para contornar a Procuradoria em inquéritos
relatados por Alexandre de Moraes, um dos quais usado para suspender apurações
da Receita que atingiram ministros da própria Corte.
Curiosamente, apesar dos esclarecimentos
técnicos do Sindifisco Nacional, o relator criticou a Receita na ocasião por
ter utilizado “notícias na imprensa” em investigação de “supostos atos ilícitos
de agentes públicos com prerrogativa de foro”; mas, tempos depois, ele mesmo
determinou operação de busca e apreensão, com base exclusivamente em notícia na
imprensa, em endereços de agentes privados sem foro no Supremo – no caso,
empresários bolsonaristas que falaram de golpe em conversas privadas de grupo
de Whatsapp.
A captura bolsonarista da PGR, com a conivência da velha política para escapar da Lava Jato, abriu um caminho enviesado para o superpoder monocrático de Moraes, que agora faz da necessária punição de golpistas uma nova etapa do eterno debate nacional sobre abusos de todos os lados.
Espécie de colunista panfletário incendiário com raciocínio segmentado recosturado
ResponderExcluirA verdade tem que ser dita por inteiro e não pelas metades. O resto é fingimento “cara de pau” mesmo. Sua memória não falha é por isso que aprecio seus artigos
ResponderExcluirLula foi preso com apoio do STF e solto com apoio do STF.
ResponderExcluirSe considerarmos a última decisão como a correta, melhor seria q Lula sequer fora preso. A justiça corrigiu sua injustiça.
Conclui-se q a Justiça consegue corrigir seus erros (ou superpoderes).
E além disso, sabemos todos q Xandão tem suas decisões confirmadas em Plenário.
Então, concluo, não há superpoder.
Basta ter inocência e a paciência do Lula q a Justiça cumprirá seu papel. Mas tem q ser INOCENTE.
Inocente é o anônimo que acha que o corrupto Lula não tem culpa no cartório.
ResponderExcluirXandão...
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