Folha de S. Paulo
Não faz sentido combater pobreza e
preconceito a partir de política econômica dispendiosa e retrógrada
A retórica do PT gira em torno do combate à
pobreza e da proteção de minorias, como mulheres, negros, indígenas e LGBTQIA+.
Discurso louvável, o problema são os meios propostos para alcançar os
objetivos.
O ministro da Fazenda apresentou um pacote
para reduzir o rombo de R$ 231,55 bilhões nas contas públicas. Prometeu-se uma
melhora fiscal na casa dos R$ 242,7 bilhões (R$ 192,7 bilhões com elevação de
receitas e só R$ 50 bilhões com redução).
Especialistas, contudo, apontam que apenas R$ 120 bilhões seriam factíveis. O déficit ficaria em 1,8% do PIB, diferentemente do 1% anunciado. Para conter a crise, seria necessário um superávit de 2% do PIB.
Ou seja, a economia precisa crescer e os
gastos precisam cair. Torna-se imperativo, portanto, liberar o mercado,
desonerando produção, consumo e trabalho por um lado e, por outro, privatizar
estatais, eliminar programas ineficientes, rever reajustes do salário mínimo e
dos servidores, enxugar a máquina pública.
Mas essas ações são rechaçadas por uma
visão arcaica e moralista: qualquer exigência de racionalismo econômico é tida
como elitismo malvado. Lula reclamou que o mercado é insensível e prefere o
termo "investimento" em vez de "gasto" (como se palavras
mudassem a realidade).
Essa ideologia obsoleta que opõe o mercado
ao social trava o desenvolvimento do país há décadas, prejudicando os mais
pobres e as minorias que a esquerda diz defender. Liberdade e bem-estar
material não apenas não são estanques como estão diretamente ligados.
Ascensão social, de renda e de educação, é
passo fundamental para a proteção e o fortalecimento de grupos minoritários que
sofrem preconceito. Por certo, o governo deve manter programas de apoio aos
mais vulneráveis, mas não pode resumir nisso sua política pública. Uma economia
livre e pujante ainda é o meio mais estável e duradouro para diminuir
desigualdades materiais e simbólicas. Ignorar esse fato, isso sim, é
insensibilidade, além de incompetência.
Repetidora das opiniões de outros colunistas! O que esta incompetente faz na Folha? A Folha queria MAIS alguma coluna antipetista? Então, que contratasse alguém realmente pensante e com alguma originalidade e competência... A Folha dispensou ontem o Adãozinho... O último a sair que apague a luz...
ResponderExcluirÉ que o PT tem muitas bocas ávidas, minha linda.
ResponderExcluir"Essa ideologia obsoleta que opõe o mercado ao social trava o desenvolvimento do país há décadas, prejudicando os mais pobres e as minorias que a esquerda diz defender. Liberdade e bem-estar material não apenas não são estanques como estão diretamente ligados."
ResponderExcluirEste é um artigo de opinião, sei disso, e claro, portanto, q obsolescência na economia depende da ideologia de quem classifica. Há especialistas, q não citarei já q a autora tb não citou os seus, q sustentam a opinião do Haddad.
De qq forma, foi LULA quem ganhou a eleição, repito, LULA.
Não foi o Amoedo ou o genocida ou outro semelhante. LULA adotar as ideias da autora seria no mínimo contraditório e trairagem.
Mas fiquemos no argumento técnico: há especialistas q pensam como o governo.
Lygia Maria.
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