Os fatos e as imagens anunciam e anunciavam
a tragédia Yanomâmi. O Brasil e o mundo hoje e nos próximos dias vai saber, de
maneira espetacularizada, a amplitude desta triste realidade. Ausências e
responsabilidades escancaradas.
Quem vai responder pela tragédia Yanomâmi?
Temos sociedade, estado e cidadania? Quais são os valores das nossas
humanidades?
As montanhas estão sendo comidas pela
mineração. Os rios estão sendo mortos por nós a cada dia. A floresta incendiada
reaparece em forma de bizarros esqueletos seculares, um dia árvores frondosas…
Os solos calcinados ficam esperando agrotóxicos para contemplar o ciclo da
morte. As mudanças climáticas vão nos atormentando a vida.
Estamos vendo a vida sendo levada pela
fumaça, pela falta de natureza, de trabalho, moradia, educação, comida, saúde…
de quase tudo! A humanidade Yanomâmi vai a massacre, vertiginosamente.
Qual tribunal vai julgar os devoradores de
florestas, de montanhas, dos solos, dos rios e do ar que respiramos?
A natureza vai se cansando de sinalizar. A
tragédia foi anunciada, tantas vezes em gritos, lamentos e frustrações.
E o Brasil vai reagir? O que ainda pode
acontecer? Ainda há tempo de ouvir e dialogar com a sabedoria e a
espiritualidade Yanomâmi?
Qual é a nossa humanidade? (Salvador,
22 de janeiro de 2023)
*George Gurgel, professor da UFBa
(Universidade Federal da Bahia) e do Instituto Politécnico da Bahia
O Brasil precisa reagir. Que seja dado o freio na ganância e possamos seguir o reorientar da trilha.
ResponderExcluirOxalá cada um de nós entendamos o real significado de sermos “um só” organismo.
ResponderExcluirVimos um presidente por 4 anos longos se desinteressar explicitamente pelos povos indígenas e pela destruição ambiental, escolhendo ministros e diretores de órgãos para fazerem o mínimo nestas áreas e permitirem a ampliação da destruição como política de seus órgãos. Policiais e delegados mandando e desmandando na Funai... Como foi isto? Um criminoso ambiental já condenado era Ministro do Meio Ambiente, e continuou dando as tintas no ministério mesmo depois de demitido, pois suas orientações não foram alteradas. O GENOCIDA estimulou e protegeu o garimpo ILEGAL e a derrubada de matas na Amazônia! O ministro Barroso do STF teve que seguidamente mandar a Funai e o Ministério da Saúde de Pazuello agirem pra proteger os índios... Estes órgãos estavam seguindo a política genocida de Bolsonaro... O genocida é GENOCIDA, sim!
ResponderExcluirEu vi a fotografia,gostaria de desver... Como se não vendo eliminasse o problema,quem dera.
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