Folha de S. Paulo
O próprio Bolsonaro corre agora muito maior
risco de ser preso
A frase de Marx sobre
a história repetir-se como farsa nunca foi tão exata. Dois anos atrás,
extremistas norte-americanos, insuflados pelo ex-presidente Donald Trump,
invadiram o Capitólio,
com o objetivo de impedir a transmissão do poder para Joe Biden.
Aquela tentativa de golpe nunca teve muita
chance de sucesso, mas era, por assim dizer, um delírio que parava em pé. Trump
ainda era o presidente e, se uma megacrise institucional tivesse se instalado,
havia uma possibilidade ainda que extremamente remota de ele consolidar-se no
poder.
O ataque de domingo (8) à praça dos Três Poderes em Brasília foi um delírio que não para em pé. Os golpistas brasileiros fizeram tudo errado, a começar da escolha da data. Se tivessem agido enquanto Jair Bolsonaro era o presidente, ainda seria possível imaginar a decretação de um estado de sítio que evoluísse para um golpe "old school". Com Bolsonaro já na condição de ex e entocado na Flórida, só o que conseguiram foi reunir todas as forças políticas e institucionais relevantes em torno de Lula e da legalidade.
Se há algo que impressiona, para além
das cenas de destruição,
é a lista de reveses colhidos pelos golpistas. Eles não só fortaleceram o
presidente que desprezam como se meteram numa enorme encrenca jurídica. Podemos
esperar muitas prisões e processos, inclusive entre os organizadores e
financiadores do ataque. O próprio Bolsonaro corre agora muito maior risco de
responder por incitação de golpe e ser preso. Os extremistas também alienaram
políticos de direita que ainda os olhavam com simpatia. Mesmo os governadores
bolsonaristas não têm agora alternativa que não condenar e reprimir o
movimento.
Existem duas categorias de lideranças de
extrema direita. Há os inteligentes, como Viktor Orbán,
da Hungria, e Binyamin Netanyahu,
de Israel, e os burros. O Brasil, felizmente, foi agraciado com espécimes do
segundo tipo, não do primeiro.
Espécimes do segundo tipo, que só causam centenas de milhares de mortes desnecessárias (no sentido de que eram evitáveis) durante uma pandemia...
ResponderExcluirQue afirmação convicta faz este anônimo! Poderia compartilhar as evidência que a embasam para chegarmos a conclusões semelhantes.
ResponderExcluirA seu pedido, Jorge.
ExcluirCovid: Como vacinação em massa desde janeiro teria mudado rumo da pandemia no Brasil
André Biernath
Da BBC News Brasil em São Paulo
1 julho 2021
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-57674512
Copie e cole num navegador. É da BBC Brasil e de 07/2021.
Desnecessário já q todos sabemos disso.
... evidências...
ResponderExcluirTotal de Óbitos COVID19 no Brasil:
ResponderExcluir694.985.
68 hoje.
Evidências suficientes ou quer que desenhe?
O Brasil teve grosseiramente 4 vezes mais mortos por Covid que a média mundial. Ou seja, se o Brasil fosse um país médio do mundo, teria menos que 200 mil mortos, e não os 700 mil mortos que tivemos. Ou seja, 500 mil brasileiros morreram que não teriam morrido se vivessem em outros países. Por que o Brasil teve meio milhão de mortos a mais?
ResponderExcluir-Porque foi um dos poucos do mundo que não seguiram as recomendações da OMS.
-Porque foi o único do mundo que seu presidente boicotou o uso de máscaras e fez campanha contra elas.
-Porque foi um dos poucos que seu presidente não se interessou pela vacinação e fez campanha contra ela.
-Porque foi um dos poucos que seu presidente seguiu recomendando cloroquina e outros remédios inúteis mesmo depois de a OMS, o FDA americano e outras instituições da saúde e pesquisa terem descartado benefícios no uso destes produtos contra a Covid.
O GENOCIDA talvez não quisesse matar este MEIO MILHÃO DE BRASILEIROS, mas eles morreram em grande parte como decorrência da política criminosa e das ações e omissões do governante brasileiro de maior poder e importância durante uma pandemia, que manteve como ministro da Saúde um GENERAL INCOMPETENTE que NADA ENTENDIA DE SAÚDE, e AMBOS DERAM PARA A POPULAÇÃO OS PIORES EXEMPLOS DE COMPORTAMENTO durante a pandemia da Covid.
Quanto à vacinação, o GENOCIDA diz que comprou muitas vacinas, e isto é verdade, porque a sociedade pressionou e exigiu, não por vontade própria dele. Mas ele atrasou em várias semanas o início possível da vacinação, provocou enorme perda de tempo com discussões inúteis e desfez a contratação inicial da Coronavac só porque era a "vacina chinesa do Dória" (palavras literais do GENOCIDA), fez campanha contra as vacinas (inventou que o vacinado podia virar jacaré, que provocava HIV -e hoje é processado por isto), nunca quis se vacinar e DAR UM BOM EXEMPLO PARA SEUS SEGUIDORES e a população em geral.
ResponderExcluirFaltou dizer que o GENOCIDA estimulou a contaminação de pessoas (e assim a quantidade de mortos - que é 1-2% dos contaminados), ao propagar que a pandemia era uma GRIPEZINHA, que tinha remédios simples e eficientes (o que era mentira), ao combater o distanciamento e isolamento social promovido por governadores e pela OMS, e ao boicotar as máscaras que eram uma prevenção muito simples, barata e relativamente eficiente, ao menos se comparada às pessoas completamente desprotegidas como queria o GENOCIDA, que chegou a RETIRAR máscaras de CRIANÇAS que estavam protegidas com elas - estes atos do GENOCIDA mostram a intenção patológica do criminoso de expor crianças que os pais tinham protegido com máscara!
ResponderExcluirEntão, não foi um ato ou outro, foi uma série gigantesca e contínua de atos INTENCIONAIS e criminosos, que aumentaram em muito a quantidade de brasileiros que morreram, MORTES QUE SERIAM EVITÁVEIS se as pessoas não vivessem no Brasil e não fossem influenciadas pelas ações CRIMINOSAS E MAL INTENCIONADAS DO GENOCIDA.
Anônimo, vou te dar uma informação e uma dica:
ResponderExcluir1. Artigos são enviesados pela opinião do autor, que escreve sem contraditório, e não têm validade científica nenhuma.
2. As estatísticas globais não prestam para aferir o desempenho do Brasil pela pouca confiabilidade dos números da Índia, China e muitos outros países africanos e asiáticos. Precisa comparar os números do Brasil com a média dos números dos países desenvolvidos. Se encontrares grande divergência, talvez possamos considerar teus argumentos. Fora disso, é demagogia política
PS. Esta questão não é política e não estou aqui avaliando o péssimo desempenho do presidente neste quesito do combate à pandemia.
Um presidente fazer campanha contra vacina e máscara numa pandemia nem Deus explica.
ResponderExcluirJorge Mariano
ResponderExcluir1) Artigos podem ser enviesados pela opinião de cada autor, mas nem sempre isto ocorre. Portanto, a validade científica tem que ser avaliada em CADA CASO.
2) As estatísticas globais, por piores que sejam, são ainda os melhores dados disponíveis e DEVEM SER CONSIDERADAS. A comparação que sugeres do Brasil com países desenvolvidos seria outra análise possível, mas não a única e nem necessariamente a melhor. Não trabalho com isto, apenas leio e me manifesto como leitor e cidadão interessado. Esclareço que sou autor apenas dos comentários 14:03, 23:17, 23:27 e 00:39. Outras estimativas por pessoas que trabalham com saúde e epidemiologia foram feitas, cito uma fonte abaixo sobre elas, e me baseei em leituras anteriores que fiz delas pra fazer meus comentários acima em resposta ao teu pedido.
- https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/06/24/pesquisas-apontam-que-400-mil-mortes-poderiam-ser-evitadas-governistas-questionam
- Não sou grande admirador de modelos ou projeções que baseiam as estimativas de mortes evitáveis no Brasil, que arredondei pra meio milhão antes só pra facilitar a exposição (elas variam entre 200 e 550 mil), mas é evidente que centenas de milhares de brasileiros morreram, e suas mortes seriam EVITÁVEIS se medidas de saúde baseadas na Ciência e nas recomendações da OMS tivessem sido adotadas pelo governo federal, especialmente pelo presidente e seus ministros da Saúde. ISTO NADA TEM DE DEMAGOGIA POLÍTICA, é uma opinião de centenas ou milhares de cientistas e especialistas em Saúde!