Folha de S. Paulo
Sem as ferraduras presidenciais, Bolsonaro
está com a lei nos calcanhares: todos os quatro
Bolsonaro dá um tiro no pé. Bolsonaro dá
outro tiro no pé. Os cinco maiores tiros de Bolsonaro no pé. Os dez maiores
tiros de Bolsonaro no pé. Os maiores tiros de Bolsonaro no pé antes, durante ou
depois das eleições. Etc. É o que o Google nos dá às palavras
"Bolsonaro" e "tiro no pé". Referem-se às inúmeras vezes em
que, desde a sua posse, Bolsonaro tentou fulminar as
instituições e acabou fuzilando o próprio pé.
O tiro no pé é a consequência de uma aposta. Resulta de um lance alto, que pode dar certo ou não. O sensato seria primeiro calcular as probabilidades. Mas o verdadeiro apostador não faz isto. Ele joga às cegas, certo de que vai ganhar. O 7 de Setembro de 2021, por exemplo, foi um tiro no pé: Bolsonaro tentou o golpe, não encontrou respaldo e, brochíssimo, teve de se humilhar diante do STF.
Sua convocação
dos embaixadores, em julho de 2022, para denunciar sem provas a
"fraude" nas eleições foi outro. Já suas ofensas à
jornalista Vera Magalhães e à candidata Simone Tebet no
primeiro debate valeram por um tiro com espingarda de dois canos. Às vésperas
do pleito, foram seus pistoleiros Roberto
Jefferson e Carla Zambelli que
miraram em outros e o acertaram no casco. Por fim, derrotado, Bolsonaro obrigou
seu partido a pedir a impugnação dos votos e o levou a uma multa de R$
22 milhões pelo TSE.
Com Lula diplomado,
vieram os ataques
terroristas que Bolsonaro sempre insuflou. A invasão dos três
Poderes a 8 de janeiro foi como submeter seu pé a um pelotão de fuzilamento
mundial. Para completar, houve o post em que, de novo, ele contestou a lisura
eleitoral e, com a nobreza de um tiro com bala de prata, a minuta do
golpe entre os papéis de seu ex-ministro.
Durante todo o mandato, Bolsonaro metralhou
seu pé e sobreviveu. Mas, agora, sem as ferraduras presidenciais, veremos como
se vira com a Justiça nos calcanhares —todos os quatro.
Sem as ferraduras presidenciais, Bolsonaro já pensa em ficar mais tempo nos EUA, e já está com a virilidade fraca, segundo amigas da Micheque...
ResponderExcluirTiro no pé é uma maneira educada de dizer burrice/estupidez.
ResponderExcluirAs redes estão falando em BolsonaroBroxa, depois que a Micheque reclamou da falta de energia dele em casa...
ResponderExcluirHaja pés!
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