Folha de S. Paulo
A jogada arriscada de voltar ao país e
forçar a própria prisão
Seria mais sensato ignorar um mentiroso. Um
candidato que desconsiderou, desrespeitou e tentou fraudar o processo
eleitoral, acabou derrotado e deixou o país com o rabo entre as pernas para não
presenciar a posse de seu adversário. Só que o bolsonarismo não morreu com a
vitória de Lula. Como tampouco morreu o antipetismo que alimenta o mentiroso.
Mesmo enfraquecido e desacreditado (tomou ou não tomou a vacina contra a Covid?), Bolsonaro consegue ficar em evidência esticando a corda do destino. Volta ou não volta? Permanece nos EUA ou foge para a Itália? Será preso, se retornar ao Brasil? Ficará inelegível? O que ele quer é isso: perturbar, mesmo de longe, o ambiente político e assegurar o comando não da oposição democrática e sim dos extremistas capazes de tocar o terror nas sedes dos três Poderes e explodir o aeroporto de Brasília. Tudo para manter acesa a chama do golpismo.
Bolsonaro afirmou em entrevista ao Wall
Street Journal que voltará em março –mas quem acredita? Também disse que,
pisando solo brasileiro, poderá ser preso "do nada". (Cá para nós,
nunca o nada teve tanta substância.)
Um grupo de aliados defende que ele fique
por lá, conspirando com a extrema-direita americana e perambulando por
supermercados, até maio ou junho, sem dar importância à imagem interna de
fujão, de alguém que teme as ações do Judiciário. Outros interlocutores do
ex-presidente propõem uma jogada arriscada. Retornar e forçar a própria prisão,
inaugurando uma nova fase: o Bolsonaro mártir.
A inelegibilidade –que, com tantos batons na cueca, é
apenas questão de tempo e de estratégia no Tribunal Superior Eleitoral– não o
incomoda. Autocratas, que vivem de atacar e destruir as instituições, não têm
respeito pelo voto. Bolsonaro foi golpista nos anos de baixo clero na Câmara,
esteve golpista na Presidência, está golpista na Flórida e será golpista quando
inelegível.
O grande mentiroso... italiano! Mas sempre antidemocrático, golpista, admirador da tortura e dos torturadores! Um canalha completo...
ResponderExcluirBiroliro conseguiu uma façanha histórica. Como um ser tão abominável, tão execrável, tão reles, tão insignificante conseguiu superar os inspiradores dele Donald Trump e Viktor Orbán??? Graças a ele zé Boiada teve mais votos que Marina Silva. Pra mim o que explica isso é o fato de o Brasil ser o filé mignon do capitalismo internacional. Aqui os ricos são mais ricos (são multibilionários) e os pobres mais pobres (são moradores de rua). Nessas condições o amor à propriedade privada une o latifundiário escravista (os descendentes dos capitães hereditários) e os idiotas de classe média que temem perder cômodos de sua casa para favelados e moradores de rua graças aos comunistas do PT. Essa raça já desfilou nas ruas em apoio ao golpe de 64, já foi aecista quando foram às ruas protestar contra a vitória de Dilma Roussef. Hoje é seguidora do boçal. E a parte mais fiel é golpista e assassina (quiseram explodir 60 mil litros de gasolina de avião em Brasília). Todo cuidado é pouco.
ResponderExcluirQue pena não ter a pena definitiva final
ResponderExcluirPois é!
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