Folha de S. Paulo
Planilhas da Presidência mostram mais 3
pacotes, mas não informam se ex-presidente levou itens
A Presidência catalogou mais de 9.000
presentes recebidos por Jair
Bolsonaro em quatro anos. Além de chaveiros, canetas, camisas
de futebol e quadros listados no acervo, ficaram de fora as joias da
Arábia Saudita avaliadas em R$ 16,5 milhões e apreendidas pela
Receita no desembarque no Brasil, como revelou o jornal O Estado de S. Paulo.
Outros pacotes oferecidos pelo reino, no entanto, foram incorporados ao acervo do presidente, segundo registros do GADH (Gabinete Adjunto de Documentação Histórica), vinculado à equipe de Bolsonaro.
O primeiro presente dos sauditas foi
recebido em 2019 e entrou para o acervo presidencial no dia 11 de novembro
daquele ano, dias depois de uma viagem de
Bolsonaro ao país. Segundo o documento, o kit continha um relógio,
abotoaduras, um anel, uma caneta e um tipo de rosário.
O pacote, de acordo com a listagem, é
formado pelos mesmos itens que foram entregues em outubro de 2021 à comitiva do
então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Como a Folha mostrou,
os presentes da marca suíça Chopard só foram
repassados ao acervo do presidente no ano seguinte.
Uma terceira leva de presentes foi enviada
para Bolsonaro na mesma viagem de Bento Albuquerque à Arábia Saudita. No dia 26
de outubro de 2021, dia do desembarque da comitiva do ministro, foram
integradas ao acervo do presidente uma escultura, um broche, um lenço e um bisht,
manto usado em ocasiões especiais.
Os itens estão em duas planilhas elaboradas
pelo GADH para atender a pedidos feitos com base na Lei de Acesso à Informação,
no fim do ano passado. O órgão anotou que o material fazia parte do
"acervo privado do presidente da República", mas não esclareceu se
Bolsonaro levaria os
presentes ao deixar o cargo.
Os documentos listam ainda um quarto pacote
de presentes dos sauditas, de caráter mais protocolar, entregue em novembro de
2020. Ele inclui um estojo, cartões, uma caixa, uma bolsa, uma bandeira, uma
placa, uma moeda e um selo.
Vai ter que criar um Departamento, pelo visto, só para fiscalizar, localizar, recolher e guardar os 'presentes' recebidos e desviados, levados, carregados e surrupiados pelos Bolsonaros
ResponderExcluirE familícia de pilantras!
ResponderExcluirNa ausência de Bolsonaro (após sua fuga covarde), os presentes que ele surrupiou mostram sua índole e o seu total desrespeito às coisas públicas.
ResponderExcluir