Ex-juiz jogou reputação fora quando apoiou Bolsonaro
Lula,
se eu fosse você, esqueceria o Moro.
Você já ganhou dele. Moro jogou fora o que
lhe havia sobrado de dignidade, reputação, respeitabilidade profissional e direito
de não ser tratado como militante de extrema-direita quando apoiou Jair
Bolsonaro no segundo turno. O apoio foi uma confissão de que
seu julgamento em 2018 foi mutretado.
Moro já havia denunciado Bolsonaro como
corrupto, já havia declarado que havia mais aparelhamento no governo do Jair do
que no seu, e mesmo assim topou fazer papel de Padre Kelmon no debate do
segundo turno. Ali, ele já não precisava do apoio do Jair para se eleger
senador. Ali, ele já sabia do horror que foi o governo Bolsonaro. Já tinha
tentado ser candidato da terceira via denunciando esses horrores.
Sergio Moro topou
se humilhar daquele jeito por ódio a você, Lula.
Perdeu.
Desde então, Moro é só um cara que mirou em
Antonio di Prieto e acertou em Frederick Wassef. Nos últimos tempos, a vida de
Moro vinha sendo dedicada a fingir que não tinha visto a muamba do casal
Bolsonaro.
A propósito, em um evento do PL, Michelle
Bolsonaro citou Provérbios 31:10 para dizer que uma mulher
virtuosa vale mais do que joias. Se a ex-primeira-dama achasse isso mesmo,
a Receita
Federal teria achado uma árabe virtuosa na mochila do milico.
Não foi isso que eles acharam.
E se alguém quiser se divertir, compare os
ataques que Deltan
Dallagnol fez a Lula semana passada com a defesa apaixonada da
presunção de inocência em um artigo que publicou poucos dias antes no jornal
Gazeta do Povo sobre a muamba das joias. O artigo é uma espécie de PowerPoint
com "Jair Bolsonaro" no meio e em volta vários balões com os textos
"Será?", "E se não for?", "Vai que foi, sei lá, o
Lula?", em volta.
Valeu a pena dar palco pra esses caras
voltarem ao horário nobre às suas custas, Lula? Você sabe que não.
Lula, ninguém aqui na mídia, na política,
no empresariado, passou o que você passou nos últimos anos. Sua história vai
ficar ótima escrita pelo Fernando Morais. Mesmo assim, há um motivo muito bom
para você abandonar a guerra passada: você venceu, mas o Brasil ainda não.
Você ganhou a presidência de maneira
espetacular. Tomou posse em uma festa linda. Derrotou o golpe de 8 de
janeiro. Parou o genocídio yanomami. Começou a recuperar o prestígio
internacional do Brasil. E as condições estão maduras para você passar reformas
que inaugurarão uma nova fase de crescimento brasileiro: as duas tributárias, a
regra fiscal, a provável mudança no ensino médio.
Mas acredite em mim: por incrível que
pareça, por pior que tenha sido, a sua vida na cadeia depois de 2018 não foi
tão ruim quanto a das brasileiras pobres ou dos brasileiros doentes de Covid
sob o governo Bolsonaro. Você foi eleito para que a história dessa gente também
tenha uma redenção, Lula, como a sua teve.
Por isso, esqueça a guerra que você já ganhou
e concentre-se na guerra que o povo brasileiro ainda está perdendo: a briga
para reconstruir o Brasil depois desse desastre.
Acostume-se com o fato de que muita gente
que foi sua inimiga na guerra passada —na guerra que te colocou na cadeia— está
do seu lado agora. Não é seu primeiro dia de serviço na política, certo?
Junte essa base política que se formou
contra o golpe, aprove o programa do Haddad e corra para o abraço.
ResponderExcluirEu coloco todas as minhas esperanças na possibilidade de que a justiça eleitoral torne BOLSONARO inelegível. Se não acontecer que o bom senso do povo brasileiro o rejeite definitivamente. Mas, por favor, elites e mídias brasileiras ajudem a encontrar um candidato idôneo que possa servir ao Brasil e não se servir do Brasil em proveito próprio. Peço, aqui, licença ao imortal Mário de Andrade para usar um seu personagem. Lula e Bolsonaro sempre somam 2 Macunaimas, heróis sem nenhum caráter, a única diferença é se posicionarem nessa posição ideológica de subdesenvolvido, direita ou esquerda.
É isso, Lula.
ResponderExcluirDeixe o Moro e o Bozo no lugar de destaque e descarte que eles bem merecem:
O lixo!
Reputação fora jogou vc, que passou uns 8 anos no BC pilotando seu NPTO, pago pelo povo, para apoiar Dilmá e depois que ela foi reeleita, sumiu em férias e nunca mais voltou, para defender as suas escolhas ou para fazer a autocritica pela desgraça que gerou.
ResponderExcluirMAM
Só canalha ou recalcado afirma que houve golpe.
ResponderExcluirMAM
Lula tá com pneumonia e vai abraçar o capeta em breve, Deus é pai. Artigo bosta de uma pessoa bosta.
ResponderExcluirPERFEITO!
ResponderExcluirMoro, Dallagnol, padre kelmon e outros bolsonaristas são cúmplices do GENOCIDA.
ResponderExcluirTexto de fanático petista. Moro apoiou o Bolsonaro porque não queria Lula de volta ao poder. Se o Alckmin, a Marina e a Tebet foram apoiar o Lula por que Moro não poderia apoiar o Bolsonaro? Lula agora resolveu dar palanque para o Moro. Melhor pro senador e pro país. Lula ainda vai morrer do próprio veneno.
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