O Estado de S. Paulo
Em vez de espernear contra os juros, Lula deveria ajudar o Banco Central a baixar a inflação
A ata da última reunião do Copom foi
tecnicamente impecável e, na opinião de muitos analistas, a melhor já escrita
na gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central. Contra argumentos
tão rasos como em brigas de rua, disparados pelo presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e pelas lideranças do PT, a ata mostrou por que ainda não é possível
baixar os juros.
Um desses argumentos é de que há uma crise de crédito em curso no Brasil e que o patamar atual da taxa Selic, de 13,75%, somente irá agravar a situação. Na ata, alguns membros do Copom admitem que o aperto nas concessões de crédito foi até mais intenso do que o esperado, mas limitado em segmentos específicos.
Já outros diretores acreditam que essa
moderação no mercado de crédito está em linha com o esperado para a fase atual
do ciclo de aperto monetário, “considerando a elevação de juros empreendida até
meados do segundo semestre de 2022”. Eles também esperam uma desaceleração
adicional no mercado de crédito, além de um aumento na inadimplência, porém
nada diferente do que já se observou em ciclos anteriores de alta de juros.
Se, por acaso, essa contração na concessão
de crédito surpreender e chegar a ser mais abrupta do que o esperado, a ata
lembra que o BC possui os instrumentos de natureza macroprudencial para prover
liquidez e lidar com “fricções relevantes localizadas”. E que, para lidar com
as pressões inflacionárias, os juros continuam sendo o instrumento mais
apropriado.
A realidade indica que a inflação ainda
está elevada e caminha para ficar acima do teto da meta perseguida pelo BC pelo
terceiro ano consecutivo em 2023, quando o mercado projeta um índice de preços
ao consumidor de 5,93%. E são os pobres quem mais sofrem com a inflação alta.
Se Lula estivesse preocupado com os mais vulneráveis, em vez de ficar
esperneando contra o nível dos juros, trataria de ajudar o BC no combate à
inflação, entregando uma proposta de um arcabouço fiscal robusta e crível.
Aliás, a ata precisou destacar o óbvio ao
dizer que a harmonia entre as políticas monetária e fiscal reduz distorções,
diminui a incerteza, facilita a desinflação e promove o pleno emprego. O Copom
manda um recado também para o BNDES: a importância de que a concessão de
crédito público e privado se mantenha com taxas competitivas e sensíveis à taxa
básica de juros. No passado, isso resultou em inflação e recessão.
Com explicações técnicas, a ata será lida por Lula como uma declaração de guerra. Mas era preciso um adulto na sala para lidar com a inflação. No caso, o BC.
A ala dos passadores de pano oficiais usam cada vez mais da desfaçatez para esconder o óbvio: o nível escorchante dos juros. Economistas celebrados e até a ex-rainha dos liberais, Monica de Bolle apontam para o óbvio ululante, mas quem paga o salário desse povo é o rentismo. Entendo...
ResponderExcluirChora mais, PeTebento perebento
ExcluirAss: Marcos (Marcos Almeida Moraes - bosta-rala - Mam e não Man.
Excluir"Em vez de espernear contra os juros, Lula deveria ajudar o Banco Central a baixar a inflação"
ResponderExcluirEstes articulistas são sofríveis. Lula esperneia exatamente porque, junto com prêmio Nobele outros luminares da economia, crê q já ajudou o BC e q está na hora de baixar os juros.
Não esqueçamos q o Campos Neto tem falhado em sua missão desde os tempos do genocida - metas de inflação nunca atingidas.
Só q no tempo do bozo o objetivo era reeleger o estrupício (podia ter inflação alta) e agora é atrapalhar o Lula.
Chora mais, seu Peteba de M
ResponderExcluirAss: Marcos - Mam que não é Man.
ExcluirNão consigo entender a fixação de alguns colunistas, como este, em manter no Brasil os MAIORES JUROS DO MUNDO...
ResponderExcluirNem os TRIOTÁRIOS (gostei do nome) entendem.
ExcluirE o Fábio Alves se acha adulto o suficiente pra defender tal excrescência.
ExcluirKkkkkkkkkkkkkk