sexta-feira, 28 de julho de 2023

"Terei o maior prazer de atender pedido do presidente Lula", diz Tebet sobre troca no IBGE

Por Estevão Taiar / Valor Econômico

Ministra afirmou que já tinha sido avisada que Lula “gostaria de fazer uma escolha pessoal” para o IBGE

ministra do Planejamento e OrçamentoSimone Tebet, afirmou nesta quinta-feira que, embora a indicação do economista Marcio Pochmann para a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) não seja “oficial”, foi um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por isso, a nomeação de Pochmann, quando for oficializada, será atendida com “o maior prazer”, segundo ela.

“Terei o maior prazer de atender pedido do presidente Lula”, disse a jornalistas ao chegar no Ministério da Fazenda para reunião com o titular da pasta, Fernando Haddad.

Tebet começou afirmando que a indicação de Pochmann ainda “não é oficial” e que “gostaria de repor a verdade”. Ela disse que ligou ontem para os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, com quem tem conversado “há 15 dias” sobre a troca na presidência do IBGE.

Ela também afirmou que já tinha sido avisada que Lula “gostaria de fazer uma escolha pessoal” para o IBGE e que o “pedido é mais do que justo”. Segundo Tebet, Lula não fez para ela “nenhum pedido até hoje”.

O anúncio de que Pochmann comandará o IBGE foi feito nesta quarta-feira (26) pelo ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta. De acordo com a ministra, Pimenta fez o anúncio ontem “preliminarmente”.

“Já está colocado [o nome de Pochmann]. O nome será oficializado no momento certo”, disse.

Segundo ela, “o próximo passo” será marcar uma reunião “técnica” com Pochmann na semana que vem, sem “pré-julgamentos”.

“Um lado tem falado bem [da nomeação], outro lado tem feito questionamentos”, disse. “Ele será muito bem-vindo à nossa equipe e continuará no IBGE enquanto estiver atendendo os interesses da sociedade brasileira.”

A ministra ainda elogiou o presidente interino do IBGE, Cimar Azeredo, afirmando que ele fez do “limão uma grande limonada” ao realizar o Censo.

Por fim, Tebet afirmou que o tema da reunião com Haddad é um corte de R$ 2,6 bilhões que precisará ser feito no orçamento do Ministério da Fazenda de 2024.

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