O Estado de S. Paulo
O governo continua apegado a antigas fórmulas
Lula continua dedicado a buscar no passado
perdido uma visão de futuro. A postura vale especialmente para a economia (mas
também para política externa), e seu exemplo mais recente foi o relançamento do
PAC.
Há consenso sobre o fato de o PAC original
não ter sido uma história de sucesso. Ao fim do período petista a economia
contraiu, o desemprego aumentou e fracassaram alguns dos principais projetos de
industrialização.
Qual a razão de se insistir agora mais uma vez em indústria naval, diante do fracasso das anteriores? Ou de se utilizar estatais e bancos públicos no mesmo tipo de empreitadas que trouxeram maus resultados?
A mesma indagação vale para a expansão da
política fiscal, bancada agora por uma enorme campanha de aumento de receita,
já que é mínimo o esforço de contenção de despesas públicas. Se gasto é vida e
PAC acelera o crescimento, como assim estamos vivendo mais de uma década
perdida?
Uma parte da resposta está na inexistência
no Brasil de um acompanhamento de políticas públicas que indique se vale a pena
prosseguir nelas. Para permanecer no inglês, o tal do “spending review” não
passa de “wishful thinking”.
Mas a outra parte da resposta está no fato
de que a análise que Lula 3 faz de suas iniciativas no passado é essencialmente
política. Ele considera que as políticas (fiscal ou econômica via PAC) não
estavam erradas em si, mas foram vítimas de sabotagem, interrupções e de um
golpe aplicados por adversários políticos insatisfeitos com um “governo
popular”.
Em outras palavras, na visão do atual
governo o que deu de errado foi causado por golpes, e não pela natureza
equivocada das políticas. E teria menos culpa ainda o conjunto de ideias que
dão tanta relevância ao papel do Estado. Não é outro o símbolo de Lula exibindo
Dilma Rousseff (a impichada “mãe” do PAC) no relançamento do programa.
Lá fora, curiosamente, são colegas
presidentes de esquerda que estão dizendo a Lula como é perigoso ficar preso ao
passado. O do Chile, ao lembrá-lo de que valores democráticos são universais e
é o que está em jogo na guerra da Ucrânia. O da Colômbia, ao reiterar que
combustíveis fósseis não podem mais ser uma proposta de futuro, e é o que está
em jogo na transição energética.
Aqui dentro quem indica o perigo para o
presidente é o Centrão. É profundamente irônico que seja um personagem com as
características de Arthur Lira, mais afeito às truculências da política
cotidiana do que a ideias literárias, que ofereça a Lula um “momento Proust”: a
busca do tempo perdido é uma tarefa inútil.
Lula alimenta nas massas os equívocos em economia, em ideologismos... ; e em Lula, quem alkmenta esses delírios?
ResponderExcluir(WAAACKKK: AS DECLARAÇÕES DELGATTI E CID CONTA BOLSONARO)
ResponderExcluirComentário de Fábia a Sábia, Assistente-doméstica cruel, verdadeira e definitiva: "Vai espremendo aí, pooteenhaa, porque tu tá ficando sem seus argumentos enrolados, e vai acabar desmascarado e desmoralizado nessa sua tarefa a soldo de passar pano pro biltre-mito. Brevemente vc dará plantão é na Papuda."
Ela tá certa!
Minha vizinha tinha papo...
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