Folha de S. Paulo
Bons resultados dão força a ministro, que
enfrenta fogo amigo e brigas difíceis
O Brasil está crescendo mais rápido do que
esperávamos. No segundo trimestre de 2023, a
economia cresceu 0,9%, três vezes mais do que o mercado previa.
Com a volta de Paulo Guedes para
o setor privado, era previsível que a qualidade média das previsões da Faria
Lima caísse. Mesmo assim, a diferença foi grande.
Os bons resultados dão força a Fernando
Haddad, que enfrentará uma série de brigas difíceis nos próximos meses.
A turma de sempre vai continuar tentando
piorar a Reforma
Tributária. Lembre-se: de agora em diante, sempre que você ouvir
"Congresso muda Reforma Tributária de Lula para que
X não precise pagar impostos", é quase certo que X não será você.
O mais provável é que você seja o Y que vai
ter que pagar a parte do X para fechar a conta do governo.
O que, aliás, já é verdade no caso dos fundos exclusivos. Haddad defende que esses fundos de investimento, que só estão disponíveis para quem tem muitos milhões para investir, paguem o mesmo imposto que você paga quando aplica seu dinheiro no banco.
Você tem todo o direito de não acreditar em
mim, mas juro que é verdade: pela lei atual, essa
turma que poderia comprar a sua casa cem, 300 vezes, paga menos
imposto que você. Já parece ruim antes de você lembrar que, nesses anos todos,
o governo continuou arrecadando muito dinheiro. Quem pagou a parte que os muito
ricos não pagaram?
Pois é.
Além disso, Haddad enfrenta fogo amigo. O
ministro da Fazenda defende a
manutenção da meta de zerar o déficit primário no ano que vem. Segundo o
noticiário, outros ministros acham
a meta ambiciosa demais, e defendem aceitar um déficit de 0,5%.
Zerar o déficit ajudaria muito a economia
brasileira. Mas depende de uma série de vitórias adicionais no Congresso. Todas
essas vitórias são possíveis, a maioria delas é provável, mas ninguém pode ter
certeza de que tudo acontecerá exatamente como Haddad espera.
Os céticos não são, portanto, malucos.
Mesmo assim, Haddad tem razão.
Se a meta do déficit zero for abandonada, a
pressão para que o Congresso aprove as medidas de aumento de arrecadação ficará
menor. As expectativas dos investidores, que talvez ajudem a explicar os bons
resultados atuais, podem piorar. No mínimo, se o abandono da meta for feito com
excesso de leveza, já agora, sem que fique claro que o governo tentou de todo
jeito ganhar as disputas no Congresso, a credibilidade da política econômica
pode ser abalada.
Além disso, deve-se tomar cuidado ao
atribuir as críticas de Haddad a "esquerdismo". Petistas que
desistirem rápido demais da meta de déficit zero terão que admitir que
pelegaram na hora de brigar para cobrar impostos dos ricos e corrigir outras
distorções altamente regressivas do gasto público brasileiro.
Lembro também que em 2016 o PT não apoiou a
reforma da Previdência proposta por Dilma
Rousseff, enfraquecendo-a ainda mais, por medo de se dar mal na eleição
para prefeito. Não teve reforma, mas o PT se deu mal do mesmo jeito e Temer era
o presidente no dia da eleição.
Se a meta tiver que ser alterada no final
do ano, dá-se um jeito. Mas o PT tem que bancar Haddad o máximo que puder: ele
já tem adversários suficientes na direita e está entregando resultados três
vezes melhores que as expectativas.
PIB:: SE NADA ACONTECE
ResponderExcluirPOR QUE O BRASIL CRESCE?
O Brasil pós-pandemia tem apresentado algum crescimento do PIB, tendo crescido em 2021 e mantido parte deste crescimento em 2022, que continuou agora, nestes dois primeiros trimestres de 2023.
▪PIB::
=》2021===5,00%*
=》2022===2,9%
=》2023===3%**
* 2021:: Medido em 4,6% e revisado agora para 5,00%.
** 2023:: Previsão feita pelo governo.
Sobre esta surpresa de crescimento do PIB, as torcidas reagem::
"Foi Bolsonaro", gritam uns ;
"Foi Haddad", grita este jornalista, o Celso Rocha de Barros, não sei se com a intenção de informar ou de desinformar.
■NÃO !!!
■NÃO!!!
■NÃO!!!
▪》Não foi Bolsonaro !
▪》Não foi Haddad !
Alguma coisa no PIB do Brasil está surpreendendo desde 2021até este início de 2023, sendo que o governo que estava no poder em 202e2022 NADA fez para que o PIB crescesse tanto:: 5% em 2021 e 2,9% em 2022, e o governo que assumiu agora também nada fez que já tenha impacto na economia e por causa disso NENHUMA queda do PIB agora seria sua culpa e, do mesmo modo, NENHUM crescimento do PIB agora é sua virtude.
■Então, se nada aconteceu entre 2021e2023 para haver crescimento, por que o PIB está crescendo, como vimos:: 5,00%em20221; 2,9%em2022 e 3%projetados agora para 2023?
▪NINGUÉM ainda sabe!
=》Há alguma especulação de que parte do crescimento é devido a um pouco de normalização pós-pandemia , parte é devido à gastanças grandes feitas por Bolsonaro em 2021e2022 e por Lula neste início de 2023 e, a maior parte e o mais provável, é de que o crescimento surpreendente esteja sendo um efeito retardado das reformas Trabalhista e Previdenciária feitas em 2017 e de algumas privatizações.
Se a maior parte do crescimento que está aparecendo por estes anos for mesmo efeito retardado das reformas feitas no governo Temer, o crescimento tenderá a se manter por alguns anos e, considerando a resiliência da inflação e se a nova Politica Fiscal apresentar sucesso quando estiver implantada, será preciso manter muita vigilância e bom planejamento para que a inflação não dispare, porque não tem havido boa recuperação no setor de bens de capital e o setor de serviço ainda está pressionando os preços.
Edson Luiz Pianca.
E o jornalista Celso Rocha de Barros precisa tomar um pouco mais de cuidado quando for opinar, porque todos podemos opinar, mas não temos direito de informar com equívocos o que não sabemos e, aquilo que apenas especulamos e torcemos, nós temos que ter a obrigação de observar que se trata de torcida ou especulação.
ResponderExcluirPor uma imprensa melhor, sem torcida e sem viés.
ResponderExcluir