Folha de S. Paulo
Embate ideológico perde de vista a urgência
do combate ao terrorismo que ameaça o mundo
Conciliador por natureza, o Brasil vem se
deixando contaminar pela prática da desavença radical e inconciliável. Ao ponto
de brasileiros perderem de vista, agora no contra-ataque de Israel ao
ataque do Hamas,
o sentido de urgência do combate ao terror que ameaça o mundo.
Terrorismo não
é de direita nem de esquerda. É selvageria em estado bruto de desumanidade. E
como tal deve ser repudiado sem relativismos que busquem justificar os meios
pelos quais os terroristas procuram alcançar os seus fins.
Pela evidência de que o fim, no caso, é a extinção do outro. Seja ele de que nacionalidade for. Espraiado para além de fronteiras nacionais, o que se tem é o genocídio mundial. No momento, o cerne está no Oriente Médio. Amanhã, não se sabe.
O governo brasileiro pisa em ovos na
condenação à inominável agressão de caráter genocida iniciada sábado passado e,
por isso, é —e deve— ser cobrado. Até agora o presidente Luiz
Inácio da Silva não juntou na mesma nota as palavras "Hamas"
e "terrorismo"; o fez em manifestações separadas.
A cobrança por uma contundência à altura da
realidade —e não em observância a uma posição da ONU já superada pelos fatos—
não deve ignorar as providências das Forças Armadas, na figura da FAB, e do
Itamaraty, instituições de Estado que atuam sob o comando do governo.
Quebrar os ovos e sapatear sobre eles ao som
das respectivas convicções ideológicas, reduzindo entre nós essa quadra da
história à disputa entre lulismo e bolsonarismo, presta-se ao exercício da
barbárie mesquinha desviante da emergência de que se cuida no momento.
Quando se justifica a ação do Hamas a
pretexto de apoiar a causa palestina,
incorre-se na crueldade de igualar as aspirações legítimas dos palestinos aos
propósitos de sanguinários que os oprimem. Neles, o objetivo é a guerra
permanente em detrimento de uma convivência pacífica em busca da qual o mundo
terá de se dedicar adiante.
A urgência do combate ao terrorismo, para a colunista, não inclui o combate ao terrorismo de ESTADO do governo israelense. A jornalista prefere ignorar os milhares de civis palestinos já assassinados pelos ataques israelenses, em ações sempre DESPROPORCIONAIS, que matavam 5 ou 10 vezes mais civis palestinos que os israelenses. Só a reação palestina é terrorista para ela. Sua preocupação parece ser justificar os crimes israelenses! Lamentável!
ResponderExcluirA colunista está certíssima,quem toma lado vai estar sempre errado.
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