Folha de S. Paulo
Premiê israelense minimiza críticas sobe
brutalidade e busca desfecho eloquente para sobreviver
Joe Biden mandou
avisar que está preocupado com a guerra em Gaza. No sábado (23), a Casa Branca
comunicou que o presidente havia conversado com Binyamin
Netanyahu, enfatizando a "necessidade crítica" de proteger
a população civil durante o conflito e permitir o deslocamento de civis para
áreas seguras.
Se esse foi mesmo um resumo fiel do telefonema, o primeiro-ministro israelense não quis passar um recibo sobre os apelos do aliado. No dia seguinte, Netanyahu disse que em nenhum momento os EUA haviam convencido Israel a reduzir a ação militar e afirmou que estava disposto a intensificar os ataques.
O premiê precisa de uma vitória para se
manter vivo politicamente. Aliados leais torcem por esse desfecho, mas deram
sinais de adesão às críticas internacionais sobre os métodos violentos usados
para chegar até lá. Netanyahu dobra a aposta porque sabe que seu futuro depende
da resposta mais rápida, mais barata e mais eloquente possível.
A pressão de Biden é limitada porque ele tem
problemas demais dentro de casa. Quase 60% dos americanos reprovam sua conduta
em relação à guerra. O presidente pode denunciar a brutalidade
da incursão para evitar um divórcio com eleitores jovens da
base democrata, mas não tem condições de abandonar uma parceria histórica com
Israel.
Ainda que Netanyahu esteja longe de ser um
governante popular, a ameaça a seu poder tem pouco a ver com o que ocorre em
território palestino. Oito em cada dez eleitores israelenses acham que o país
segue as regras internacionais da guerra, e 69% afirmam que o sofrimento dos
civis deve contar pouco ou nada para o planejamento do conflito.
Desde o início da guerra, Biden repete que o
auxílio americano a Israel depende do avanço de uma solução para o
estabelecimento de dois Estados na região. Como não há apoio inequívoco a esse
caminho no eleitorado israelense, Netanyahu desafiou a ideia e chegou a dizer
que se orgulha de ter trabalhado contra a formação de um Estado palestino.
Mais de 20 mil civis palestinos ASSASSINADOS, sendo mais de 6 mil crianças... E os militares israelenses seguem matando mais e mais civis, inclusive israelenses que eram reféns e foram simplesmente FUZILADOS com bandeira branca e pedindo socorro. Imaginem o que não sofrem palestinos desesperados sendo atacados por todos os lados! Obviamente, os que ainda não morreram ou não foram seriamente feridos. Os CRIMES DE GUERRA de Israel são aceitos pelos EUA e pela maioria dos governos europeus como "autodefesa da única democracia da região". Estes países são cúmplices de Netanyahu e seu governo ASSASSINO!
ResponderExcluirO terror continua.
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