O Estado de S. Paulo
Uma mostra de que o bolsonarismo vive
O ato deste domingo na Avenida Paulista
confirma o que todos sabiam: o ex-presidente Jair Bolsonaro tem base popular,
move multidões e divide o País ao meio, como já mostraram os votos de 2022.
Isso, porém, não muda a realidade e as investigações da Polícia Federal e da
Justiça contra Bolsonaro, seus generais, minutas de intervenção no TSE, anúncio
de estado de sítio e a longa preparação de um golpe, que, frustrado, virou a
invasão e depredação das sedes dos três Poderes.
Compareceram ao ato de domingo os governadores da linha de frente do bolsonarismo, como Tarcísio de Freitas, anfitrião, Ronaldo Caiado, de Goiás, Jorginho Mello, de Santa Catarina, e Romeu Zema, de Minas Gerais. Ok. O passado diz bastante do que eles foram fazer lá e o futuro dirá se a presença valeu a pena. No fim das contas, a história colocará tudo isso em contexto.
O Brasil estava e continua dividido, logo,
nada muda com a nova demonstração de força popular de Bolsonaro, que repetiu as
grandes aglomerações de carreatas, motociatas e passeatas na própria Paulista.
Por maiores que tenham sido, não refletiam a maioria da população, tanto que
ele perdeu em 2022 e se tornou o primeiro presidente derrotado na disputa pela
reeleição.
De toda forma, a forte adesão é um recado
para o governo Lula, o PT e os antibolsonaristas em geral, de esquerda, centro
e direita. Bolsonaro pode ser o que é, pode ter feito tudo o que fez de mal,
antes, durante e depois da pandemia, mas o bolsonarismo paira sobre o País,
preparando-se para inverter o prato da balança e voltar ao poder.
Isso aumenta a responsabilidade de Lula, que
precisa fortalecer suas ações e melhorar seus resultados em áreas em que
Bolsonaro foi uma tragédia, como ambiente, defesa dos povos originários, saúde,
educação, política externa.
Não basta ter ministros e gestores
incomparavelmente melhores, Lula tem de mostrar os efeitos em fatos, números e
declarações certas, na hora certa.
Bolsonaro chegou até onde chegou com
palanques e grandes multidões País afora, mas também apoiado por uma máquina de
discursos, realidades paralelas, desqualificação de adversários. Se Lula
apresentar resultados expressivos, isso fica mais difícil. Com resultados que
deixam a desejar, por exemplo, no desmatamento e nas terras Yanomami, Bolsonaro
nada de costas.
O principal efeito do ato na Paulista – sem
os cartazes e faixas golpistas – foi jogar luzes num fato real: apesar de tudo
o que todos sabemos, e com Bolsonaro candidato ou não, o Brasil continua
dividido ao meio e o bolsonarismo está vivo. O centro? O gato comeu.
O BOLSONARO DE ONTEM NA PAULISTA FOI O LULA DE SEMPRE NO BRASIL
ResponderExcluir■■POLÍTICA É PEDAGOGIA.
■A PEDAGOGIA POLÍTICA DE POPULISTAS É ANTICRÍTICA E NÃO SERVE PARA FAZER TRANSFORMAÇÃO DA REALIDADE
■■A pedagogia política de partidos e de movimentos populistas é deprimente e trata o líder como divindade.
■Uma pedagogia assim é despolitizante e acrítica.
■Análise política só é crítica se for abrangente e feita com imparcialidade, e ninguém que idolatrar líder consegue ser imparcial. Movimentos que têm líderes como divindades nunca são críticos. Quem tem político de estimação não é crítico... É DO CONTRA!
=》O Bolsonaro de ontem da Avenida Paulista foi o Lula de sempre do Brasil e, se refletido politicamente com autonomia por petistas e por bolsonaristas, a manifestação bolsonarista de ontem serve para acordá-los em relação ao atraso em que os dois populismos vêm mantendo o Brasil.
Mais que atraso, as políticas dos dois populistas produzem retrocessos em áreas fundamentais.:: nestes últimos 20 anos o Brasil retrocedeu muito em...
●Educação;
●Segurança;
●Políticas ambientais;
●Políticas indígenas (a política dos dois populismos está adoecendo e matando os indigenas e seu modo de vida);
●Industrialização;
●Política Externa (Na política externa o Brasil passou do pragmatismo responsável para o absurdo apoio a ditaduras e terroristas);
●Economia.
Na verdade, a política populista dos últimos 20 anos DESTRUIU nossa economia!
■Precisamos apelar a bolsonaristas e petistas para romperem com o atraso das políticas populistas de seus líderes dirigentes e virem ajudar a recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento e da democracia.
Saudade da outra divisão entre coxinha e mortadela.
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