O Globo
Recurso à Corte foi última cartada de uma
queda de braço com Congresso, e pode aumentar dificuldades do governo nas duas
Casas
O Supremo Tribunal Federal dará a vitória ao
governo Lula na ação de inconstitucionalidade impetrada contra a prorrogação da
desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e a fixação de
outra isenção, desta vez de contribuição previdenciária, destinada a pequenos e
médios municípios.
Quatro ministros já se manifestaram em votação virtual a favor do fim das desonerações. Além do relator Cristiano Zanin, que concedeu liminar na quinta-feira suspendendo os benefícios, votaram com o governo Gilmar Mendes, o presidente da corte, Luis Roberto Barroso, e Flávio Dino. Pelo menos os votos de Dias Toffoli e Alexandre de Moraes são dados como certos pelo fim das desonerações, o que já assegura a maioria.
É pouco provável que haja pedido de vista,
uma vez que, como existe uma liminar suspendendo as desonerações, o adiamento
do caso não daria tempo ao Congresso, e sim manteria a decisão favorável ao
governo.
Ministros da corte disseram, diante do
impasse entre governo e Congresso, que cabe ao STF cumprir seu papel: exercer o
controle de constitucionalidade. Em caráter reservado, eles reconhecem que é
tensa a relação entre Executivo e Legislativo, e que existem escaramuças também
entre o Congresso e o próprio Supremo, mas dizem que, uma vez acionado, o STF
tem obrigação de dirimir o conflito quanto à constitucionalidade do benefício.
Em relação aos constantes embates com o
Senado e a Câmara, ministros demonstram preocupação com o risco de o governo
ficar emparedado pelos deputados e senadores quanto à possibilidade de gerir os
recursos do Orçamento. Eles reconhecem a necessidade de os parlamentares serem
ouvidos na destinação das verbas, mas não de forma a colocar em xeque a
execução de políticas públicas e o equilíbrio fiscal.
No caso das desonerações, o desgaste maior
será com o Senado. Foi o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco, quem patrocinou a
maioria dos lances em que o parlamento insistiu em manter as desonerações,
inclusive foi no Senado, com sua bênção, que foi criada a desoneração dos
municípios, que nada tem a ver com aquela criada para a iniciativa privada, que
tinha como justificativa gerar e manter empregos em setores que são intensivos
em mão de obra.
Nesse caso, Arthur Lira tem dito a aliados
que vai deixar a "briga" para Pacheco, pois considera questionável a
isenção aos municípios e também tem se incomodado com o fato de ser sempre
apontado como responsável por criar gastos, enquanto Pacheco seria poupado.
É.
ResponderExcluirPERAÍ!
ResponderExcluirTANTAS REP0RTAGENS, TANTOS DEPOIMENTOS, TANTAS DEFESAS EXALTADAS...
TANTOS VETOS, RE-VETOS E CONTRA-VETOS...
MAS ATÉ AGORA NINGUÉM FALOU A VERDADE QUE PRECISA SER DITA, QUE É:
QUANTO É QUE O EMPRESARIADO PAGARIA SE PAGASSE OS 20% DA FOLHA DE PAGAMENTO E QUANTO É QUE O EMPRESARIADO ESTÁ PAGANDO COM 1 A 4,5% SOBRE A RECEITA BRUTA?
FALAM ATÉ EM 32 BILHÕES DE DIFERENÇA, SERÁ?
E PORQUE NÃO INFORMAM TINTIM-POR-TINTIM?
SERÁ QUE É PORQUE QUEM PAGA A DIFERENÇA (QUE O EMPRESARIADO DEVERIA PAGAR MAS NÃO QUER PAGAR) É O POVO, E O POVO NÃO PODE SABER DISSO?
CONTA PRA NÓS, LEGISLATIVO -CÂMARA
CONTA PRA NÓS, LEGISLATIVO -SENADO
CONTA PRA NÓS, O ZÉ POVINHO PAGADOR, SÔ!