Folha de S. Paulo
Quanto mais poderoso, menos estatura moral
tem exibido o Parlamento
Há a velha máxima de que o próximo Congresso
será sempre pior que o antecessor. Vale como tirada de humor autodepreciativo
consagrada pelo então presidente da Câmara, deputado Ulysses
Guimarães, mas não necessariamente como expressão da verdade na
história.
Já tivemos ótimas sucessoras de boas
legislaturas. Caso da que veio em seguida à da Assembleia Constituinte eleita
para o período de 1991-95, substituída por aquela que aprovou o Plano Real,
a Lei de
Responsabilidade Fiscal, as privatizações e a abertura da economia
—justiça seja feita e apesar de todos os pesares, iniciada no governo de Fernando
Collor.
Os mais antigos nessa lide lembramos bem. Havia fisiologismo, balcão de negócios, corporativismo, malandragem, mas não era a regra.
Havia um centro de convergência
suprapartidária que resolvia as crises, encaminhava os temas de interesse
nacional e acabava por se sobrepor às malfeitorias que, se não chegavam a ser
exceções, eram relegadas às franjas da marginalidade legislativa.
A partir de um determinado momento, por volta
de 2003, aquele grupo condutor perdeu espaço para o baixo clero, elevado à
condição de cardinalato. Aí a coisa degringolou, e podemos dizer que se
concretizou o dito de Ulysses.
Assim chegamos onde estamos: um Congresso de
poder máximo com estatura moral mínima, que desrespeita a delegação recebida
pelo eleitorado para a tarefa de legislar, fiscalizar e debater assuntos de
relevância e urgência nacionais.
Há parlamentares sérios, mas parecem espécie
em extinção. Prevalecem não os de quinta série, como se diz para infantilizar
os "sem noção", mas os de quinta categoria que aceitam votações a
jato de temas desprovidos de relevância e urgência para o país.
Gostaria de ouvir comentários sobre a decisão importante da CNBB , órgão máximo da igreja católica brasileira, que emitiram uma decisão através de uma carta em que apoiam a PL contra o aborto a partir de 22 semanas de gestação Data em que a criança pode nascer e viver
ResponderExcluirE lançaram o lema:
“Que a mãe e a criança vivam e tenham um vida em abundância “
A CNBB ainda acha que a vida humana começa no útero materno,o órgão parou no tempo,a reencarnação já é uma verdade concreta e absoluta.
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