O Globo
Pelo futuro dos Estados Unidos, presidente
não deveria correr o risco de eleger Donald Trump
Faltam dois meses até a convenção nacional do
Partido Democrata, marcada para os próximos dias 19 a 22 de agosto, em Chicago.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vencedor das arrastadas eleições
primárias em que foi praticamente candidato único, aguardava apenas a
consagração formal. A participação da escritora e líder espiritual Marianne
Williamson foi efêmera, entrou em colapso na largada. E a tentativa do
congressista pelo estado de Minnesota Dean Phillips, de 55 anos, para se manter
no páreo chegou a ser considerada insolente pelos caciques do partido.
Tudo mudou ao longo dos 90 minutos de agonia e choque, na noite de quinta-feira, quando 47,9 milhões de telespectadores assistiram a um presidente dos Estados Unidos de esgar opaco, aspecto confuso e vulnerável, em busca de um raciocínio perdido. O naufrágio de Biden no primeiro debate com o oponente republicano, Donald Trump, sacudiu os democratas de alto a baixo. As primeiras horas após a debacle foram de “barata-voa”.
Os mais alarmados consultavam os estatutos
partidários à procura de regras para substituir Biden antes da convenção
nacional. Nada encontraram, por ser uma situação sem precedentes. Os mais
catastrofistas chegaram a aventar a hipótese de ele renunciar ao mandato e
abrir caminho desde já à vice, Kamala Harris. E os mais realistas sugeriram seu
afastamento apenas da disputa eleitoral, deixando aos delegados à convenção a
escolha de uma alternativa de última hora. Segundo a Ballotpedia, conhecida
como enciclopédia da política americana, serão 4.672 os delegados aguardados em
Chicago, 3.933 dos quais votam no primeiro escrutínio. Desses, Biden somou nas
primárias 3.894 votos fechados. Na primeira rodada, basta ao candidato obter
maioria simples para ser ungido. Se isso não ocorrer, há nova rodada e passam a
votar os 739 delegados cujo voto não está vinculado (também conhecidos como
“superdelegados”).
“Fale somente se for para melhorar o
silêncio. Gandhi”, postou o congressista Phillips. No day after, em meio a
todas essas conjecturas correndo soltas, Joe Biden parece não ter percebido a
extensão da insegurança global gerada pelo desempenho na véspera. Reapareceu
energizado, como se nada tivesse ocorrido, num comício em Raleigh, Carolina do
Norte, e anunciou a sua arma para derrotar Trump em novembro:
— Pessoal, eu não caminho com a agilidade de
antes, não falo com a fluidez do passado, tampouco sou o debatedor bom que já
fui. Mas sei o que definitivamente sei: eu sei falar a verdade.
Por mais louvável que seja lembrar o valor da
verdade em tempos atuais, isso não basta para impedir que uma figura tóxica
como Trump, movido a instintos ferais, além de astuto e sem compromissos com a
decência, volte a ser eleito para a Casa Branca. Biden tinha uma única missão
no debate: tranquilizar os americanos de que estará apto, com 82 anos em
janeiro, a assumir novo mandato de quatro anos como comandante em chefe do
país. Não conseguiu, apesar de ter se trancado por uma semana em Camp David com
16 assessores e coaches, em meticulosa preparação para o embate. Uma réplica
dos dois pódios foi montada na casa de campo presidencial, com simulação exata
da posição dos dois moderadores da CNN, e vários assessores
se revezando no papel do adversário. Nada adiantou: Trump pôde surfar à vontade
numa vigorosa sucessão de mentiras colossais.
Ao final do debate, desorientado, Biden
encontrou a saída do palco guiado pelo braço amigo de sua mulher. Sua chegada a
Atlanta já deveria ter alertado sobre algo que não estava bem. Biden descera do
Air Force One da Presidência, fizera uma saudação militar ao vento e rumara em
direção à limusine sem perceber a galeria de autoridades que o esperava. A
comitiva alinhada, incluindo o prefeito da cidade, não sabia o que fazer. Só
então o presidente retornou ao pé da escada e cumprimentou um a um. Detalhe: a
CNN fez o possível para não destacar esse “momento sênior” do presidente.
A grande mídia dos Estados Unidos, aliás, é
corresponsável pelo espanto e pelo choque sentidos por meio mundo diante da
fragilidade física e cognitiva de Biden no debate. Ao longo dos últimos três
anos e meio, tanto a Casa Branca e sua equipe de comunicação quanto os caciques
do Partido Democrata, boa parte da imprensa liberal e os familiares de Biden se
dedicaram a minimizar o fator idade do presidente. Quando o conservador Wall
Street Journal, poucas semanas atrás, publicou ampla reportagem sobre os momentos
de ausência mental do presidente em reuniões e no exercício do poder, foi
severamente criticado, até por outros jornais.
— Esse tema precisava ser levantado, mas
nenhuma outra mídia de envergadura quis abordá-lo — contou à Semafor a diretora
de redação do WSJ, Emma Tucker.
A reportagem é devastadora.
Em nome de sua biografia, pela sobrevivência
do que resta do Partido Democrata e pelo futuro dos Estados Unidos, Joseph
Biden não deveria correr o risco de eleger Donald Trump.
Disse tudo: "Trump pôde surfar à vontade numa vigorosa sucessão de MENTIRAS COLOSSAIS."
ResponderExcluirComo diz a Maju e seu ato de cinismo maior “o choro é livre livre “
ResponderExcluirEstão maquiando a senilidade desse presidente há muito tempo e agora estão desesperados porque foi revelado a sua incapacidade mental e física de governar o país do porte dos Estados Unidos aliás país nenhum seria bem dirigido por uma pessoa sem a menor noção da realidade Como se encontra hoje o presidente Joe Biden A esquerda mundial está ladeira abaixo e o Biden é um exemplo dessa decadência
O povo mundo a fora se cansou das mentiras e da opressão da esquerda Principalmente a que vem de dentro das mídias cooptadas
Chega! É tempo de liberdade é tempo de democracia
Trump trará novos ventos para o mundo ocidental cristão democrático
Tendo como um dos principais desafios deter o avanço do fundamentalismo islâmico radical e terrorista Financiado pelo Irã
Conhecemos bem a democracia defendida pelo bolsonarismo e seus papagaios MENTIROSOS: democracia da boca pra fora antes da eleição, e TENTATIVA DE GOLPE quando PERDE A ELEIÇÃO!
ResponderExcluirBolsonaro AMEAÇOU a Democracia brasileira desde que assumiu o Poder, e pressionou os comandantes militares pra apoiarem o GOLPE DE ESTADO que tentou dar pra IMPEDIR A POSSE DE LULA, como o anônimo MENTIROSO acima nos ameaçava em dezembro de 2022.
Não entendo porque o ex-presidente Obama não é mencionado entre possíveis candidatos democratas que poderiam substituir Biden na disputa com Trump. Mesmo afastado da política, tem grande experiência e poderia competir vigorosamente com o mentiroso e criminoso Trump, já condenado pela Justiça dos EUA!
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