Folha de S. Paulo
Presidente age mais como oposicionista que
como o chefe da situação
O político Lula fez
carreira apontando o dedo da acusação ao alheio. Perdeu três eleições
presidenciais, ganhou outras três e a terceira vitória à chefia da nação parece
ter incutido no cidadão Luiz Inácio da Silva a certeza de que é dono do
monopólio da razão.
Ele exibe a convicção de que seus argumentos
são mais certeiros que os fatos, por mais que as palavras se contraponham aos
atos da realidade.
Chama de cretinos os que relacionam as turbulências na economia às suas declarações contra o Banco Central autônomo. Menospreza a necessidade de o governo conter despesas em prol do equilíbrio das contas públicas.
Lula alega com isso direcionar seu foco aos
mais necessitados, justamente as primeiras vítimas do risco inflacionário
decorrente do desequilíbrio fiscal.
Sendo assim, fala aos menos informados, a fim
de obter deles a concordância quanto à simplificação enganosa de suas diatribes
de cunho populista. Ainda que venha a obter benefícios na popularidade com
isso, por ora atraiu para si um semestre tormentoso que se fecha com o governo
nas cordas.
O presidente assemelha-se mais a um
oposicionista que a um mandatário no exercício do poder que tem entre suas
atribuições aplacar as crises quando elas se apresentam. Criá-las é
característica da oposição.
E Lula tem atuado como se adversário fosse do
bom andamento dos trabalhos governamentais. Só reclama, ao passo que dele se
esperam soluções. Exequíveis, não fantasiosas, muito menos referidas num
passado que passou.
Faz isso em detrimento do que deu certo no
primeiro mandato para sinalizar agora a direção torta insinuada no segundo e
adotada em vastidão de equívocos sob Dilma
Rousseff.
Até o tom exasperado da comunicação pessoal é
inadequado para um presidente da República. Transmite angústia, quando
precisaria demonstrar tranquilidade e irradiar sensatez.
O diabo está cobrando o seu preço pelo pacto que fez com Lula Está fazendo ele enfiar os pés pelas mãos e dane-se o Brasil
ResponderExcluirMuito bom e verdadeiro
ResponderExcluirO Brasil melhorou,a perfeição não existe na terra.
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