Folha de S. Paulo
Delinquência do bilionário ateia fogo em
discussões sobre limites para redes; ministro encontrou razão para medida
drástica, mas STF fica mais longe da autocontenção
Para fazer política, Elon Musk queima
dinheiro com gosto. Em 2022, o bilionário
pagou caro para transformar o Twitter num
cantinho acolhedor para discursos radicais. Há poucos meses, ele anunciou que
gastaria uma bolada para mudar a sede
de suas empresas para o Texas, em protesto contra uma lei de
identidade de gênero aprovada na Califórnia.
A decisão de ignorar decisões judiciais no Brasil e fazer provocações a Alexandre de Moraes segue uma filosofia parecida. Nos negócios, cavar o bloqueio do X não faz nenhum sentido. O histórico internacional de Musk também prova que ele não age por princípios. O que o empresário quer é cantar uma vitória política.
Musk transformou um ambiente que já era pouco
saudável numa pocilga. Estimulou a retórica do ódio, premiou a desinformação e
acobertou usuários envolvidos em ações destrutivas. Acabar com a
representação do X no Brasil não foi uma manifestação de
inconformismo. Foi uma malandragem para manter sua operação fora do alcance da
Justiça.
Muita gente fará coro com o bilionário quando
ele se apresentar como um herói que enfrenta o que chama de ditadura. Será uma
maneira pouco criativa de mascarar o fato de que Musk dá de ombros para ordens
judiciais e descumpre a lei que obriga qualquer empresa a manter representação
no país.
Depois de tantos questionamentos justos sobre
sua conduta, Moraes recebeu um pretexto para uma medida dura. Estar com a
razão, no entanto, não o impediu de pisar novamente no terreno da
excepcionalidade: intimou Musk com uma publicação no X e ordenou o
bloqueio de bens de outra empresa do bilionário.
Cada lado dirá que ganhou o jogo, e aí estará
o problema. Agindo como um delinquente, Musk consegue emprestar combustível
para mobilizações contra o Supremo e atear fogo em qualquer discussão sobre
limites para as redes sociais. Moraes, por sua vez, exerce autoridade sem dar
satisfações sobre o alcance desse poder e deixa o tribunal ainda muito distante
da autocontenção.
Bilionário delinquente é um criminoso como qualquer outro! Tem que sofrer os rigores da Lei.
ResponderExcluirOnde está Fabrício Queiroz ? Quem não sabe que Jair Bolsonaro pertence á linhagem dos militares que não aceitaram a bertura Democrática iniciado por Ernesto Geisel. O STF " esqueceu ,," o culto a Brilhante Ustra. Bolsonaro e filhos ideologia do porão da ditadura
ResponderExcluirNa verdade esse é uma armadilha do Musk , o mundo todo já tem conhecimento do ministro Alexandre de Moraes tem agido de forma autoritária e contra as leis constitucionais do Brasil pra perseguir os seus opositores ,só que agora está enfrentando um cara Que está disposto a revelar a sua atuação ditatorial Sem respeitar a Constituição que como juiz deveria protegê-la
ResponderExcluirFechar o X aqui no Brasil Vai ser um tiro no pé do morais, com essa atitude o mundo vai ver até que ponto ele é capaz para perseguir seus inimigos e de burlar as leis do seu próprio país que deveria proteger
Canalhas que não cumprem as leis devem ser processados e punidos, inclusive presos os mais perigosos.
ResponderExcluirA armadilha do Musk é enfraquecer as Democracias e fortalecer os direitistas fascistoides dispostos a tudo pra chegar ao Poder nestes países, e que permitiriam a expansão dos negócios criminosos do bilionário delinquente.
ResponderExcluirXandão está certo.
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