Folha de S. Paulo
Decisão costurada pelo STF afeta dois
mecanismos consolidados de desordem na distribuição de verba
O Congresso andava mal acostumado com a
fartura descontrolada de emendas para os redutos políticos dos parlamentares.
Considerando a duração e a dimensão da farra, saiu barato o acordo
costurado pelo STF para definir critérios de uso dessa verba.
Ainda assim, foi o primeiro recuo forçado em quase uma década.
A negociação teve a solenidade de uma reunião
de altos representantes dos três Poderes. Sob o pretexto de evitar uma guerra
pelo dinheiro, o Congresso manteve a distribuição de sua bolada. Em
contrapartida, finalmente será obrigado a cumprir regras que vem driblando há
anos.
A decisão afeta dois mecanismos da desordem instalada no mercado das emendas. O primeiro é a liberdade quase absoluta dada a parlamentares para depositar "emendas Pix" nos caixas de estados e municípios. Esse pagamento continua obrigatório, mas será preciso informar o objetivo do repasse. Antes, o dinheiro chegava sem nenhuma satisfação.
A outra mudança diz respeito ao
desequilíbrio provocado pelo avanço do Congresso sobre o Orçamento.
A partir de agora, as emendas indicadas por comissões temáticas devem ir para
projetos "definidos de comum acordo entre Legislativo e Executivo".
Já o dinheiro direcionado por bancadas estaduais vai para "projetos
estruturantes". Em outras palavras, o acordo inclui o governo na partilha
e pode reduzir a pulverização da verba para as bases eleitorais de deputados e
senadores.
A moderação de apetite dos congressistas se
deu por uma conjunção de fatores: o interesse do governo Lula em
entrar nessa briga, a disposição
do Supremo de ficar a seu lado e o surgimento de investigações
que, mais cedo ou mais tarde, fariam com que a libertinagem na distribuição de
emendas se tornasse insustentável.
O acordo não corrige a distorção criada pelo
acúmulo de tanto dinheiro sob o rótulo das emendas parlamentares, mas os
negociadores entenderam que esse era o desfecho possível agora. Fora disso, há
questões que só a polícia poderá resolver.
O jornalista devia ter cautela em falar na palavra polícia, porque nosso governo só tem ladrão e ele pode acabar sendo processado A Começar pelo Ladrão maior o nosso presidente que foi tirado da cadeia depois de condenada 20 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro
ResponderExcluirA imprensa brasileira perdeu o rumo Acabou a ética e acabou a moral jornalística
Pois é.
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