Folha de S. Paulo
Afinidade com Venezuela leva Brasil a erodir
seu capital de liderança regional
A aliança que se formou em torno do candidato Luiz
Inácio da Silva (PT) em 2022 teve o
objetivo de impedir a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) e consertar estragos
feitos durante a gestão do então presidente, sob a égide da afirmação
democrática.
Dados os malefícios produzidos no período de 2019 a 2023, havia muito a fazer. Dentre as tarefas, a recuperação do papel e da imagem do Brasil no mundo. Político de prestígio internacional, Lula começou bem a missão, mas logo enveredou pelo perigoso terreno das afinidades ideológicas aliadas ao excesso de pretensão sobre seu real tamanho na cena externa.
Descuidou-se das questões internas para se
apresentar de forma errônea como mediador, conselheiro e comentarista em
conflitos do Oriente Médio e do Leste Europeu, regiões absolutamente fora da
alçada do Brasil.
Escorregadas, no entanto, sem danos decisivos
aos olhos externos. Foi aqui, na América
Latina, justamente onde o país ocupa lugar de destaque, que o
presidente deu início a um processo de desgaste dessa posição quando resolveu
ser fiador do resgate da ditadura venezuelana.
Recebeu Nicolás
Maduro numa cúpula de países sul-americanos, tratando o
ditador com deferência especial, em detrimento de outros
presidentes. Como anfitrião, foi criticado por seus pares, numa situação
constrangedora à qual Lula não deu maior atenção.
Tanto que seguiu na toada de condescendências
em série a Maduro, culminando na situação atual em que o Brasil, de líder,
passou a voz praticamente isolada ao se recusar a reconhecer com clareza a
fraude eleitoral ocorrida na Venezuela há
três semanas.
Seria só uma opção cautelosa não fosse Lula
aludir à "normalidade" do processo e Celso Amorim
propor a realização de um inexequível segundo turno das
eleições.
Posições que denotam improviso, resistência
ideológica de se render à realidade e, sobretudo, desperdício do capital de
liderança regional.
2019-2022 = período das TREVAS = DESgoverno Bolsonaro! E o canalha ainda está livre por aí, incomodando os brasileiros democratas e até as abelhas!
ResponderExcluiranonimo ´é FDP². MAM
ResponderExcluirLula é um sociopata e até esses envelhecem e travam. Pagamos um preço altíssimo e ainda temos que ler imbecis como o Anônimo, aliás, bastardo. MAM
ResponderExcluirLula não reconheceu a ''vitória'' de Maduro.
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