Folha de S. Paulo
Guardiões da legalidade não devem ser temidos
nem estimados, mas respeitados
O que se
ouviu na avenida Paulista no último sábado, 7 de Setembro,
algum efeito terá sobre deputados e senadores. O Senado,
no entanto, não atenderá aos pedidos de impeachment do ministro Alexandre de
Moraes nem a Câmara aos de anistia para condenados pelos atos
golpistas que culminaram no 8 de janeiro
de 2023.
Ao menos não na atual composição do Congresso. Disso sabem as lideranças, cujo estrato mais identificado com aquelas propostas aposta na pressão permanente na expectativa de que o ambiente lhe seja mais favorável depois da eleição de 2026.
A ineficácia imediata dos rugidos não
significa que o Supremo Tribunal Federal não precise modular seu respaldo
(ativo e passivo) a Moraes, adaptando-se às mudanças do cenário desde o basta
dado na Justiça e nas urnas ao processo de desfalque institucional deflagrado
por Jair
Bolsonaro e companhia.
Não que o STF vá, ou
deva, baixar a guarda na defesa da prática democrática. Mas seria de bom
alvitre dar atenção à evidência de que há, para além das fronteiras das
militâncias de direita e esquerda, uma inquietação na sociedade com os métodos
adotados nas decisões judiciais.
Isso se estende aos modos incontidos de
alguns ministros, embaça a lente pela qual a população enxerga o Judiciário e
presta serviço ao acirramento político, pois alimenta a desconfiança de que o
tribunal atende a interesses extraconstitucionais. Para os extremistas, quanto
mais tensão, melhor.
Ficam à vontade para atacar quando para isso
podem usar a justificativa de que só defendem o equilíbrio. Inoculam o vírus da
desorientação e dificultam o entendimento de que os desequilibrados são
eles. Lula e
Bolsonaro impulsionam essa confusão, e quem paga o preço é o Supremo.
Guardiões do Estado de Direito não devem ser
temidos nem precisam ser estimados, mas a observância da legalidade requer que
sejam respeitados. Para isso é imprescindível que se atenham a certos ritos,
por mais que para combater infratores mais ousados nem sempre seja possível
seguir os manuais. Já disse assim a Operação Lava Jato antes de perder apoio,
lustro e reputação.
O jornalismo perdeu totalmente a ética e a compostura
ResponderExcluirapoiar abertamente as medidas autoritárias e inconstitucionais do Supremo, uma jornalista com a sua experiência é demais , a turma deve estar recebendo uma mesada gorda, não é possível!
O anônimo bolsonarista não cansa de cair no ridículo... kkkkkkk
ResponderExcluirO papagaio bolsonarista está preocupado com os golpistas julgados e presos, e também não aceita a condenação do GENOCIDA pela Justiça que o tornou inelegível nos próximos anos. Até a doutora Deolane e o delinquente internacional Musk estão tendo problemas com a Justiça brasileira... Este pessoal da Justiça não se dobra aos interesses dos bolsonaristas e nem dos influenciadores criminosos. Que coisa, né?
ResponderExcluirO manual está sendo seguido à risca.
ResponderExcluirDoutora Deolane foi conhecer o interior de Pernambuco...
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