quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Alfredo Maciel da Silveira - Uma democracia deslegitimada

Aí vai de forma resumida, como vejo a "saída", ou melhor, a estratégia para enfrentar a superposiçao de crises que a meu ver está a deslegitimar a democracia brasileira.

1] É preciso partir da sociedade civil organizada; apesar dos naturais e legítimos interesses corporativos de muitas organizações, são muito menos contaminadas por interesses espúrios e patrimonialistas como os encastelados no sistema político, agora reconhecidamente infiltrado pelo crime organizado;

2] É preciso formular um programa de Frente Democrática, Desenvolvimentista e Nacionalista; num mundo multipolar que está em franco nascimento, ai do país que não tenha seus interesses NACIONAIS claramente estabelecidos;

3] A primasia é a da questão econômica: Planejamento ( Art 174 da CF) e crescimento acelerado sustentado a longo prazo, portador das mudanças estruturais, socioeconômicas, prometidas no Art 3° da CF 88;

4] Há forças vivas na intelectualidade e personalidades da cultura, das Universidades, dos Institutos "Think Tanks", ligados  direta ou indiretamente aos partidos políticos, e numa miríade de Associações de Classe, comprometidas aos sonhos de 1988 e antenadas às transformações globais do Sec XXI;

5] Por fim, integrar naquela frente as poucas liderancas do sistema político, de forma suprapartidaria, ainda comprometidas com o ideário programático de 1988.

6]Os partidos políticos brasileiros, todos, tornaram-se meramente eleitoralistas, pautados por pequenos interesses, e muitos conjugados aos " engenheiros do caos" das redes sociais.

5 comentários:

  1. É por aí, Alfredo. Você sempre defensor das mudanças. É preciso resgatar os sonhos e construir um projeto real e duradouro de sociedade. É preciso largar a política aventureira e oportunista.

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  2. E mais: temos que construir a Democracia com o povo (alienado ou não). Sem a participação do povo não hà projeto sustentável.Tem que ser de baixo pra cima, não de cima para baixo.

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  3. Muito bom, tb os comentários acima! Mas 52 bilhões/ano de emendas não é bem "pequenos interesses".

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    1. Meu prezado. São 52 bilhões pulverizados, fatiados, fora de qualquer coerência entre investimentos fora de qualquer planejamento, fora de qualquer estratégia! Fora de qualquer racionalidade sistêmica conforme prioridades nacionais.
      Uma dispersão por interesses paroquiais.

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