Folha de S. Paulo
Gangorra na direita deixa aberta disputa pelo
2º turno, e nem Boulos pode ficar aliviado
Uma migração de eleitores bolsonaristas deu
impulso final à candidatura de Pablo Marçal (PRTB)
e se tornou uma ameaça séria para Ricardo Nunes (MDB). A
capacidade do influenciador de renovar os apelos aos simpatizantes do
ex-presidente será decisiva na disputa por
uma vaga no segundo turno.
A batalha por esses votos teve uma mudança significativa, segundo a nova pesquisa do Datafolha. Há uma semana, Marçal e Nunes dividiam praticamente ao meio o eleitorado de Jair Bolsonaro: 43% declaravam voto no influenciador, e 39% no prefeito. Agora, Marçal abriu vantagem, com o apoio de 51%, contra 32% de Nunes.
A pesquisa detectou focos de adesão a Marçal
entre os eleitores mais jovens (21% para 29%) e com curso superior (20% para
25%). Houve ainda uma variação positiva nos segmentos de renda média e entre os
homens. São grupos em que o influenciador já havia demonstrado força antes.
Os números submetem Nunes a um teste
decisivo. O prefeito acreditava ter conseguido estancar a sangria de eleitores
bolsonaristas com a propaganda na TV e o apoio do governador Tarcísio de
Freitas. Agora, o horário eleitoral chega ao fim, e políticos bolsonaristas
influentes entram em
campanha aberta por Marçal.
A esta altura, Nunes parece depender mais da
força da máquina da prefeitura, de um exército de candidatos a vereador
dispostos a trabalhar por ele no domingo (6) e, no campo ideológico, de um voto
mais concentrado na centro-direita do que no bolsonarismo raiz.
As investidas de Marçal, por outro lado,
ampliaram sua principal vulnerabilidade. O índice de rejeição subiu de 48% para
53%, com um salto espantoso entre eleitores de Nunes (48% para 62%). Esse
número poderia fazer com que alguns eleitores buscassem um candidato mais
competitivo para um eventual segundo turno. O voto em Marçal, no entanto,
parece ser movido por um entusiasmo por seu estilo, não por cálculo
estratégico.
O retorno ao empate triplo mantém a corrida
aberta para qualquer combinação dos candidatos do primeiro pelotão no segundo
turno. A gangorra Nunes-Marçal (um tira votos do outro) amplia as dificuldades
para que os dois passem juntos à próxima fase. Ainda assim, Guilherme
Boulos (PSOL)
não pode respirar aliviado.
A campanha pelo voto útil é um sinal claro de
que o deputado não considera garantida essa vaga, principalmente com a chegada
de Tabata Amaral (PSB) ao
território dos dois dígitos e a máquina de Nunes em movimento. A convicção dos
eleitores de Tabata (40% de seus eleitores dizem que ainda podem mudar de voto)
e qualquer empurrão de Lula serão pontos-chave dos dias finais
da disputa nesse campo.
Sinais dos tempos , jornalistas fazendo um campanha aberta pra um candidato da extrema esquerda do PSOL Guilherme Boulos
ResponderExcluirEsse fora da lei é conhecido pelo paulista Não vai nem pro segundo turno vai ser um Deus nos acuda cada um de vocês dando sua desculpa porque que o Marçal foi por segundo túnel em primeiro lugar
E o Instituto Datafolha mais uma vez querendo com seus números Mirabolantes influenciar a eleição em favor da esquerda
ResponderExcluirJá está manjado
Com os resultados Muito diferentes do apresentado pelo instituto vão arrumar uma desculpa qualquer e vida que segue até o próximo pleito eleitoral, onde o instituto entra novamente pra confundir o eleitor a favor sempre da turma da esquerda
Só Jesus na causa.
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