O Estado de S. Paulo
Presidente acha que ex-chefe da Casa Civil pode ajudar o PT e o governo no diálogo para 2026
Encerradas as eleições municipais, com
desfecho favorável à centrodireita, o governo Lula vai ligar agora o “modo
disputa” 2026. Além de promover uma reforma ministerial para a segunda metade
de seu mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tentará reforçar a
articulação política com o Congresso e acha que o ex-ministro da Casa Civil
José Dirceu pode ajudar nessa tarefa.
Dirceu já vem atuando longe dos holofotes. No rol de seus interlocutores estão os ministros Fernando Haddad (Fazenda), José Múcio (Defesa), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Renan Filho (Transportes) e Sílvio Costa Filho (Portos e Aeroportos). Para Lula, o ex-chefe da Casa Civil tem como auxiliar em várias “missões”, como a de reconstruir o PT – que vai renovar sua cúpula em 2025 –, melhorar o diálogo com empresários e políticos do Centrão, além de ampliar as conversas com a ala do MDB que não quer se aliar ao governador Tarcísio de Freitas, em 2026.
A meta do PT é um projeto de 12 anos à frente
do Planalto. O presidente é candidato a novo mandato, mas não entrará no páreo
se o governo estiver nas cordas. É por isso que o “modo disputa 2026” vai sair
do papel em breve, com nova campanha publicitária, viagens de ministros para
entregar obras e ações de enfrentamento à oposição nas redes sociais.
O último obstáculo para a reabilitação de
Dirceu caiu ontem, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes
anulou as condenações que pesavam contra ele na Lava Jato. Com esse despacho,
Dirceu tem tudo para retomar os direitos políticos, embora a Procuradoria-Geral
da República ainda possa recorrer da decisão.
O sonho do ex-titular da Casa Civil é voltar
à Câmara, de onde saiu cassado, em 2005, no auge do escândalo do mensalão.
Dirceu quer concorrer a deputado federal, em 2026. Até lá, no entanto, ele diz
estar disposto a ajudar o governo, nos bastidores e sem cargo, a pôr de pé uma
maioria no Congresso, no rastro das eleições para a presidência da Câmara e do
Senado.
Lula, Dirceu e o ministro Alexandre Padilha
(Relações Institucionais) também são entusiastas da ideia de ter o prefeito de
Araraquara, Edinho Silva, no comando do PT. Mas há uma disputa fratricida pela
cadeira de Gleisi Hoffmann, que aumentou muito após o mau desempenho do partido
nas urnas.
Na reunião da Executiva do PT, na
segunda-feira, sobraram críticas à gestão Lula. A portas fechadas, deputados e
dirigentes do partido se queixaram de que não são recebidos por ministros.
Reclamaram, ainda, que o Centrão é mais bem atendido.
No diagnóstico de muitos petistas, o PT não
está no governo. Não há dúvida, porém, de que está numa encruzilhada política.
Essa nossa Imprensa militante não tem a menor vergonha nem pudor ficar elogiando e comemorando anulação das acusações e das sentenças do Zé Dirceu é o retrato disso , uma vergonha
ResponderExcluirParece que essa turma toda foi sequestrada mentalmente não tem o menor Constrangimento nessas tuas análises ridículas a favor do criminoso Zé Dirceu
Anônimo, aceita que dói menos.
ResponderExcluirAs sentenças do Zé Dirceu foram escritas pelo criminoso Sergio Moro... A corrupção do Zé Dirceu foi investigada e julgada pelo corrupto Moro.
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