Folha de S. Paulo
Bolsonaristas se apressam a pintar autor de
ataque como lobo solitário; apenas investigações dirão se ele agiu só ou se
teve apoio material
Só o aprofundamento das investigações dirá se
o homem que desferiu o ataque com bombas a Brasília e
morreu numa das explosões é um louco que agiu sozinho ou se fazia parte de uma
trama golpista mais ampla.
O vídeo do sistema de segurança do STF que
mostra os instantes finais do agressor é sugestivo de uma ação suicida, o que
favorece a hipótese do desequilíbrio mental. Mas as imagens não descartam a
possibilidade de ele ter contado com apoio logístico e/ou financeiro de atores
com uma agenda mais política que psicológica. O homem tinha história de
militância na extrema direita. É preciso aguardar o resultado das apurações.
Bolsonaro e seus sequazes não querem esperar. Eles se apressam em pintar o perpetrador como um desvairado que agiu só. Fazem-no por um motivo bem concreto. Não querem ser relacionados a mais um ataque contra a democracia.
Não acredito em deuses, mas reconheço que eles têm um fino senso de ironia. O ex-presidente se agarra agora à tese do lobo solitário, a mesma que rejeitara com veemência quando do atentado por ele sofrido na campanha eleitoral de 2018.O ministro do STF Alexandre de Moraes também parece ter queimado a largada ao afirmar que o ataque não foi um ato isolado. Eu também acho que não foi. Se a ideia é fazer análises que incorporem o clima político reinante no país, não dá para ignorar o longo histórico de pregação de Bolsonaro e seus asseclas contra o STF e as instituições.
Só que Moraes, ao contrário dos demais cidadãos, deveria se abster de fazer observações sobre o caso, já que existe uma boa chance de ele, por prevenção, vir a supervisionar o inquérito que vai apurar as circunstâncias do ataque.
Louco ou títere de uma ideologia extremista, o perpetrador produziu uma série de consequências que provavelmente não desejava. Suas ações praticamente inviabilizam a anistia a Bolsonaro e aos golpistas do 8/1 —o que é ótimo. Mas elas também dão argumentos para que o STF prolongue suas heterodoxias —o que vai minando a própria credibilidade da corte.
Adélio bispo afilhado PSOL tentou matar o ex-presidente Bolsonaro Imediatamente a imprensa passa a tratar-lo como um louco lobo solitário agora esse pobre infeliz desesperado protestando contra injustiças e a ditadura implantada pelo STF é um terrorista de Bolsonaro , mas deixa que a batata deles STF está assando
ResponderExcluirQue batata cara pálida? O bolsonarismo é um instrumento da brutalidade e sem noção de realidade.
ExcluirQue batata cara pálida? O bolsonarismo é um instrumento da brutalidade e sem noção de realidade.
ExcluirQue Deus tenha piedade do homem-bomba!
ResponderExcluirFiquei na dúvida com o título da coluna: seria sobre Trump ou sobre Bolsonaro? Na verdade, é sobre os 2, e seus seguidores!
ResponderExcluirO anônimo que encabeça a lista não foi apresentado à vírgula em seu cursinho de redação.
ResponderExcluirEconomia de atentados
ResponderExcluirO custo do método de Lee Harvey Oswald para assassinar o presidente John F. Kennedy em 1963 foi relativamente baixo em termos financeiro. 500 dólares, aproximadamente 2.500 reais hoje .
Isso inclui armas (um rifle italiano Carcano M91/38, revólver 38) munições e transporte. O baixo custo financeiro, combinado ao fato de Oswald agir sozinho e sem recursos de terceiros, fez com que o planejamento tivesse um custo bem modesto.
No caso do terrorista de chanchada, devemos somar o valor do veículo, alugueis, alimentação, artefatos , etc, por anos; tudo não fica menos que 100 mil reais. Pra que? Pra nada!
Participação de terceiros, apoio logístico,etc, para uma merda dessa? Pensamento bem, tratando-se de método brasuca...