Valor Econômico
Potencial de voto do atual presidente é o
maior entre dez nomes testados; Marçal supera governadores bolsonaristas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o
político com maior potencial de voto entre dez nomes testados pela Quaest, de acordo com pesquisa
divulgada nesta quinta-feira (12). Em segundo lugar está o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), inelegível
até 2030.
No levantamento, o instituto não perguntou
diretamente em quem o eleitor votaria em 2026, mas se os entrevistados
conheciam os nomes apresentados e se votariam ou não neles. Ao todo, 52%
afirmaram que conhecem e votariam em Lula, atualmente em seu terceiro mandato.
Bolsonaro atinge 37%, mas a rejeição do ex-presidente (57%) supera a do atual
mandatário (45%).
O instituto entrevistou presencialmente 8.598 pessoas, com idade a partir de 16 anos, em 120 municípios, entre os dias 4 e 9 de dezembro. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos. A pesquisa é financiada pela corretora Genial Investimentos.
Depois de Lula e Bolsonaro, o maior potencial
de voto é do ministro da Fazenda, Fernando
Haddad (PT), com 31% – outros 17% disseram não conhecê-lo e 52%
que conhecem, mas não votaria. Na sequência, com desempenhos semelhantes,
aparecem Ciro Gomes (PDT) e Michelle Bolsonaro (PL). O
ex-governador do Ceará tem 29% de potencial de voto, um ponto a mais que a
ex-primeira-dama.
Os governadores mais alinhados à pauta
bolsonarista, e que tentam se consolidar como alternativa a Bolsonaro, ficaram
com as últimas colocações. Todos ficaram atrás do influenciador Pablo Marçal, candidato
derrotado do PRTB à Prefeitura de São Paulo. O empresário alcançou 25% e
registrou 43% de rejeição, e é desconhecido por 32%.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos),
um dos principais aliados de Bolsonaro, registrou 22% de “conhece e votaria”,
tem menor índice de rejeição (33%), mas 45% não sabem quem ele é. Fecham
relação o governador paranaense, Ratinho
Júnior (PSD), com 19% de potencial de voto; e os governadores
de Minas Gerais, Romeu
Zema (Novo), e de Goiás, Ronaldo Caiado (União), ambos com 14%.
Lula lidera o potencial de voto, mas a
maioria dos eleitores segue considerando que ele não deveria se candidatar à
reeleição em 2026. O percentual daqueles que acham que ele não deve participar
do próximo pleito, entretanto, caiu na comparação com a pesquisa feita em
outubro: eram 58% e agora são 52%. Quem concorda com a ideia de o petista
tentar um quarto mandato passou de 40% para 45%.
Sem Lula e sem Bolsonaro
Em declarações e entrevistas, Lula, de 79
anos, costuma dizer que pode disputar a reeleição se for necessário. Esta
semana o presidente
foi internado para ser submetido a uma cirurgia de emergência.
Segundo a equipe médica, Lula se recupera bem e terá alta em breve. O
presidente optou por não se licenciar do cargo.
Na pesquisa realizada neste mês, cujas
entrevistas foram encerradas antes da divulgação da internação de Lula, o
instituto perguntou quem deveria disputar o Planalto em 2026, se o petista não
for o candidato. A maioria, 33%, declarou não saber ou optou por não responder.
O ex-presidente está proibido de se candidatar em 2026 em razão de condenação
imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro também é alvo de três
indiciamentos pela Polícia Federal, entre eles o que investiga a atuação do ex-presidente
numa suposta tentativa de golpe, em 2022.
O nome mais citado foi o de Fernando Haddad
(27%). Com dez pontos a menos, o ex-governador Ciro Gomes é o segundo citado,
seguido pelo vice-presidente Geraldo
Alckmin (PSB), com 14%. Os demais, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSB), o ministro
da Casa Civil, Rui
Costa (PT) e a deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR), não
atingem 5% cada um.
Segundo a Quaest, depois de Michelle, os nomes mais citados foram o de Pablo Marçal (18%) e Tarcísio de Freitas (17%). Aparece nesse grupo a ministra do Planejamento, Simone Tenet (MDB), com 10%. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), chega a 7%, seguido pelos governadores Romeu Zema, com 4%, e Ronaldo Caiado, com 3%.
O Brasil precisa de uma terceira via,chega de fanatismo entre direita e esquerda.
ResponderExcluirA disputa entre rejeições que decidiu a última eleição presidencial continua ativa e sem grande mudança nos sentimentos da população.
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