O Estado de S. Paulo
O Natal e o recesso estão bem aí, mas só agora Congresso, governo e STF acordam
No apagar das luzes de 2024, Brasília tem
pressa para votar, julgar e decidir tudo o que foi empurrado com a barriga ao
longo de um ano concentrado nas eleições municipais e nas revelações
aterrorizantes sobre o golpe de Estado no governo anterior. As pautas de
Câmara, Senado, Supremo e governo são extensas, mas o tempo é curto.
Você nem notou, mas a regulamentação da fundamental Reforma Tributária, em duas etapas, era a prioridade do ano, mas o primeiro semestre passou, a eleição acabou e ninguém mais fala nisso. A corrida do governo agora é pela aprovação dos projetos do pacote de gastos, inclusive uma proposta de emenda constitucional. E em condições adversas.
Se a negociação no próprio governo já foi tão
demorada, imagine-se no Congresso... No olho do furacão, o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, fez tudo para manter o que ele chama de “olhar humanitário”,
tirando de programas sociais daqui e compensando com cortes na minoria
privilegiada do setor público e do privado.
Apesar de méritos, o “pacote do Haddad”
atraiu dúvidas em setores sociais e sindicais, irritou o mundo financeiro,
rendeu recordes para o dólar e deixou a sensação de que o presidente Lula segue
mais o PT e seu lado populista do que o ministro da Fazenda e a razão. No
mercado, até quem defende o pacote diz que o esforço é elogiável, mas o
resultado é insuficiente.
Para piorar, o anúncio embolou gastos e
Imposto de Renda, um desastre. A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil
assustou o mercado pela perda de receitas e disparou o dólar. No dia seguinte,
a informação de que só valerá a partir de 2026 decepcionou a classe média, que
torceu a cara para Lula em 2022 e é a beneficiária da isenção.
No Congresso, o deputado Arthur Lira e o
senador Rodrigo Pacheco anunciam apoio ao pacote e mobilizam suas tropas para
votar. Será, porém, o grande teste do governo após a estridente vitória do
Centrão e da direita em outubro e do relatório da PF sobre o golpe que atinge o
bolsonarismo em cheio.
O Supremo está no meio disso. O ministro
Flávio Dino liberou as emendas parlamentares que suspendera em agosto, mas
impondo condições e restrições, e o plenário virtual (voto por escrito) começa
a julgar o impedimento de Alexandre de Moraes no inquérito do golpe.
Uma saia-justa, já que ele é,
simultaneamente, vítima, investigador e julgador, o que incomoda o mundo
jurídico e é visto na sociedade como exemplo dos “excessos” de Xandão e do STF,
que precisam preservar a imagem e a credibilidade para o julgamento histórico
de um golpe, um ex-presidente e um punhado de militares vilões.
Pois é!
ResponderExcluirE o cachaceiro que cortou os benefícios do povo pobre mais sacrificado , deficientes, físicos , cegos , aleijados , crianças com deficiências especiais, todos terão seu benefício continuado suspenso Uma covardia e maldade e enorme
ResponderExcluirEnquanto destina bilhões para Artistas , políticos e a mídia pra manter mínimo de popularidade desse governo catastróficos e incompetente
A imprensa Caladinha, só passando pano pro Ladrão e ainda tentando no último estertor, é golpe é golpe é golpe