domingo, 1 de agosto de 2010

Jarbas: Não contesto números

DEU NO JORNAL DO COMMERCIO (PE)

Ao comentar pesquisa do Ibope, peemedebista admite que demora em anunciar candidatura pesou negativamente, mas aposta em reverter a situação

Roseanne Albuquerque

PETROLINA. Diante da nova pesquisa Ibope, divulgada na sexta-feira, que registrou uma acentuada vantagem do governador-candidato Eduardo Campos (PSB) na disputa estadual 60% contra 24% o candidato do PMDB, Jarbas Vasconcelos, se mostrou tranquilo. Ele disse ter consciência que os resultados refletem um momento, e que durante a campanha, com as caminhadas e o reforço do guia eleitoral de rádio e TV, os números podem ser revertidos. Faltam 64 dias para a eleição. O guia começa dia 17 e estamos preparando um material bonito e competente, propositivo. Se esse guia não for assimilado pela população, paciência. Eu não posso arrumar bode expiatório. Eu demorei a me definir, reconheceu.

No seu segundo dia de visita ao Sertão do São Francisco, ontem, Jarbas lembrou que uma pesquisa divulgada na semana passada revelou que 25% do eleitorado do Recife não sabia que ele era candidato, enquanto Eduardo Campos tem todas as forças, usa muito a mídia e tem um amplo palanque. É normal que os números apareçam contra mim, não contesto. Mas pesquisa para valer tem que vir depois de dez, quinze dias do guia. Tenho tempo para reverter a situação, acrescentou Jarbas, pouco antes de seguir para a festa de lançamento da campanha do aliado Oswaldo Coelho (DEM) a deputado federal. Antes, ele conversou com feirantes da Cohab Massangano, e tomou um reforçado café da manhã no Galinhódromo, acompanhado da candidata a vice, Miriam Lacerda (DEM), e ao Senado, Marco Maciel (DEM) e Raul Jungmann (PPS).

Jarbas advertiu sobre a necessidade de uma reforma política urgente para o País, porque enquanto não houver coerência, fidelidade partidária, vamos continuar presenciando essas legendas de aluguel. Qualquer um vai fazer base parlamentar na base da negociata. Sobre o PMDB, ele foi categórico. É um aglomerado de pessoas, algumas comandadas por Michel Temer e José Sarney. Não tem nada pior para mim, senador da República, que sentar na minha cadeira e olhar Sarney presidindo o Senado, como se nada tivesse acontecido, disparou.

Após as andanças pelo sertão, Jarbas criticou a paralisação de obras de irrigação e de outras financiadas pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Lula esteve por dois dias no sertão com Dilma. Eu visitei os mesmos locais e encontrei as obras paradas, disse. A saúde por onde se anda é um caos. A educação, em relação ao Nordeste, está numa das piores situações. E na segurança, a redução de homicídios acontece aqui como tem acontecido em todo o país, até mesmo por conta do estatuto do desarmamento. Mas pergunta aqui (em Petrolina) e no Recife, se a pessoa está segura ao sair de casa. Os índices de sequestros relâmpagos, assaltos e roubos não estão aparecendo. É mídia. Quando começar a mostrar no guia, a população vai saber que não está bem, avaliou.

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