segunda-feira, 16 de abril de 2012

Partidos indicam membros de CPI até quinta

Karla Correia

Monitoradas de perto pelo radar do Palácio do Planalto, as bancadas partidárias no Congresso trabalham para anunciar até a próxima quinta-feira os ocupantes das vagas titulares e suplentes na CPI que investigará as relações do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com o mundo político. Na Câmara, o PMDB deve reservar uma vaga titular à deputada Íris de Araújo (GO) e cogita destinar outro assento ao deputado Luiz Pitiman (DF).

O marido da deputada, Íris Rezende, foi derrotado pelo atual governador de Goiás, Marconi Perillo, nas eleições de 2010. Pitiman, por sua vez, é ex-secretário de Obras do Distrito Federal e deixou o governo em meio a uma crise entre PT e PMDB no DF. "Essas questões não vão influenciar a atuação dos parlamentares na comissão", garante o líder da legenda na Casa, Henrique Eduardo Alves (RN). A presidência da CPI ficará com a bancada do Senado e, até o momento, o nome mais cotado é o do senador Vital do Rêgo (PB).

No PT, as indicações começam a ser definidas em uma reunião marcada para amanhã. No Senado, o líder da legenda, Walter Pinheiro (BA), tem entre seus prediletos Wellington Dias (PI) e José Pimentel (CE). "O critério principal é de que o parlamentar não seja candidato ou tenha qualquer envolvimento com as campanhas deste ano", diz o líder da legenda na Câmara, Jilmar Tatto (SP). Um dos nomes mais cotados é o do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), sondado para assumir a relatoria da CPI ao lado de Paulo Teixeira (PT-SP) e Henrique Fontana (PT-RS). Internamente, contudo, uma fatia do partido demonstra resistência ao nome do ex-líder do governo na Câmara, por sua defesa à legalização dos bingos no passado.

A maior preocupação do governo é de que a CPI se transforme em cenário de rebeliões da base. "Se as investigações encostarem em um fio de cabelo de qualquer um no Planalto, a situação vai ficar ruim, poucos se levantarão para defender o governo", diz um deputado aliado. Dentro da bancada governista na Câmara, ainda terão direito a vaga PR, PSB, PTB, PSC e PP, com um assento cada. No Senado, o bloco de apoio ao governo, formado por PT, PDT, PSB, PCdoB e PRB, terá direito a cinco vagas. A única confirmação é o senador Pedro Taques (PDT-MT).

Também amanhã, o PSDB define os indicados para compor a comissão. O partido tem direito a dois titulares e dois suplentes. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) já está entre os titulares, segundo o líder da legenda na Câmara, Bruno Araújo (PE). A vaga do DEM na Câmara deve ser ocupada por Onyx Lorenzoni (RS).

FONTE: CORREIO BRAZILIENSE

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