“Os progressistas (democratas liberais, comunistas, social-democratas, socialistas) sempre se dividiram muito. É da natureza deles. Somente à custa de muito empenho político conseguem caminhar de mãos dadas. Hoje esse traço está dilatado, a ponto de produzir imobilismo. Uma vertente radicalizada prevalece, sem qualquer densidade política ou teórica, impulsionada pelo frenesi das redes, dos tuites, dos celulares, da facilidade com que se dissemina ódio. O diálogo não avança, e se não avança não pode haver ação articulada.”
*Marco Aurélio Nogueira é professor titular de Teoria Política da Unesp. ‘Radicalismo retórico e performático bloqueia avanços democráticos’, Gramsci e o Brasil, fevereiro,2017