O Globo
Nos últimos três anos, uma mulher foi morte
por motivo fútil no país a cada 6,5 horas. Violência doméstica começa pela
agressão verbal
Nos três primeiros anos do atual governo,
os feminicídios aumentaram 9,1%. Entre 2019 e 2021, 4.026 mulheres foram mortas
por motivos fúteis — como ciúme e sentimento de posse — o que significa uma
mulher assassinada a cada 6,5 horas. Essas mortes, no entanto, são a
consequência mais extrema de uma lista de abusos que transformam as mulheres em
vítimas diariamente no país. A violência contra a mulher não começou no governo
Bolsonaro nem é problema exclusivo do Brasil, mas o comportamento e as falas do
presidente podem ser estímulos para o avanço dos crimes, que já têm números
assustadoramente altos por aqui.
No debate da Band, Bolsonaro se irritou com a colunista Vera Magalhães e distribuiu grosserias à candidata Simone Tebet. Em resposta à jornalista Fabiola Cidral, afirmou que o seu governo “está no caminho certo” e “tem mostrado que o número de mulheres mortas e violentadas tem diminuído”. A realidade, infelizmente, é outra, como mostra o Anuário Brasileiro da Segurança Pública. As mulheres têm sofrido violências de todos os tipos e a toda hora: assédio e importunação sexuais, lesões corporais, ameaças, perseguições, exposição de cenas de sexo, violência psicológica, além de estupros e feminicídios, nos casos mais graves.
Em sua fala, Bolsonaro se referiu à pequena
queda dos feminicídios de 0,89% em 2021. Mas se esqueceu de dizer que em 2019
houve crescimento de 8,22%, seguido de nova alta de 1,8%, em 2020. No
acumulado, 9,1% em três anos. Nos crimes de estupro, o presidente fez um
recorte terrível para chegar a um dado favorável eleitoralmente: excluiu as
crianças das estatísticas para dizer que houve queda de 0,61% nas mulheres
violentadas no ano passado. Quando entram os estupros de vulneráveis, no
entanto, a alta é de 4,53%. No total, 52.797 meninas e mulheres sofreram abusos
sexuais em 2021. E o mais intolerável é que para cada vítima adulta há duas
menores de 14 anos.
A violência contra a mulher acontece em
maior frequência no ambiente doméstico e começa justamente pelos ataques
verbais. Depois, como explica a presidente da Associação dos Magistrados do
Brasil, juíza Renata Gil de Alcântara Videira, pode evoluir para humilhações,
constrangimentos e chegar, em casos extremos, à violência física e à morte. Ou
seja, o que Bolsonaro fala à luz do dia e à frente das câmeras pode influenciar
o que acontece na intimidade do lar.
Em 2021, ao menos uma pessoa ligou, por
minuto, para o “190” denunciando agressões domésticas. Um aumento de 4% ou de
23 mil vozes pedindo por socorro, na comparação com 2020. Não é possível culpar
a pandemia, porque as medidas de isolamento social diminuíram de um ano para o
outro.
O presidente e todos os “cidadãos de bem”
deveriam se envergonhar desses números.
A cultura como inimiga
O mesmo governo que anuncia um superávit de
R$ 19 bilhões em julho diz que não tem como pagar R$ 3,6 bi para o setor
cultural por meio da Lei Paulo Gustavo. A verdade é outra. Quando interessa, o
governo dá subsídios, como no caso dos combustíveis, abre brechas no teto, como
na PEC kamikaze, ainda que às vésperas das eleições. A cultura é retaliada
porque é visto como inimiga por Bolsonaro.
Poço de contradições
O secretário do Tesouro, Paulo Valle, é a
síntese dessa contradição. Em um momento, diz que os estados estão com os
cofres cheios e por isso podem reduzir impostos de combustíveis. Em outro,
critica o Congresso pela criação de gastos não previstos: “O ideal era ter uma
regra permanente, toda despesa nova criada ao longo de um exercício
orçamentário só pode impactar o ano que vem”, disse ele, mesmo após os bilhões
de gastos criados pelo governo visando as eleições.
Pedalada do precatório
O resultado melhor das contas públicas já reflete a pedalada nos precatórios. Segundo Valle, o governo está há 12 meses sem executar esse tipo de despesa.
Este não é um cidadão bem, esse não ensina filhos a roubar dinheiro do erário e nem tampouco se esconde atrás de religião para fazer suas mazelas. Estamos falando de uma pessoa sem princípios que acha que um presidente pode cometer infâmias e sadismos e converter a baixaria em propósitos
ResponderExcluirO ditador ministro Alexandre de Moraes confirmou que mandou bloquear as contas dos empresários do grupo de WhatsApp , a pedido do senador randolfo Rodrigues. A Polícia Federal se eximiu de qualquer participação nessa ação
ResponderExcluirQuando que o senador Rodrigo Pacheco vai colocar em votação um dos inúmeros pedidos de impeachment para esse transgressor da Constituição Federal Alexandre de Moraes?
logo o ex-tenente vai se mudar do planalto pra cadeia
ExcluirMuito mais crimes do genocida estão demonstrados no endereço:
ResponderExcluirbolsonaro.com.br
Os canalhas que tanto falam em "liberdade de expressão" estão tentando censurar tal sítio eletrônico. Medo das verdades, como sempre!
Bolsonaro não se envergonha destes números trágicos corrigidos pelo colunista e nem se envergonha de mentir sobre a questão e, pior ainda, contribuir para novas agressões, com seus péssimos exemplos no tratamento com mulheres. O sujeito é um completo cafajeste!
ResponderExcluirLula ladrão seu lugar é na prisão assim falo povo aonde o Lula paz e aparece em público pode já ir se acostumando o ladrão nunca mais
ResponderExcluirÉ incrível como a imprensa finge que esse candidato ladrão corrupto lavador de dinheiro é um cidadão de bem além de ladrão agora está ficando demente de tanta cachaça que tomou próprio PT já não deixa mais ele falar de improviso de tanta besteira que fala fora o apagão que teve no debate o velho
ResponderExcluirLadrão está gaga
Com toda ajuda do TSE, do ST F , da imprensa, Lula vai sofrer uma derrota colossal e vai pra lata de lixo da história como um grande traidor da nação roubou seu povo enquanto dizia defendê-lo
ResponderExcluirO mundo está cheio de gente perigosamente maluca.
ResponderExcluirLogo Bolsonaro vai conhecer o sol quadrado que vai nascer todo dia na cela dele por muitos e longos anos...
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