O Globo
Estratégia do presidente de dar estímulos
econômicos ainda não surte efeito e risco é perder apoio de aliados
Foi pior do que estagnação para
Bolsonaro, a última
pesquisa Ipec, porque ele perdeu pontos importantes nos eleitorados
críticos: no Sudeste e entre os pobres. No Sudeste, região mais populosa do
país, Lula ampliou de seis para 11 pontos a diferença sobre Bolsonaro. Entre os
eleitores de baixa renda, que formam 55% dos eleitores, a situação de Bolsonaro
ficou ainda pior do que já estava. Entre eleitores de renda até um salário
mínimo Lula tem 56% dos eleitores, 35 pontos de vantagem. De um a dois salários
mínimos, a vantagem de Lula cresceu de 16 para 23 pontos. E Bolsonaro achava
que justamente aí ele cresceria com o programa social turbinado para as eleições.
A pesquisa Ipec divulgada nesta segunda-feira, dia 5 de setembro, mostra um quadro de estabilidade no cenário eleitoral. Para Bolsonaro, que corre contra o tempo para conseguir votos, isso indica que a estratégia do presidente não está funcionando, pelo menos na velocidade com que ele e seus aliados esperavam. O risco, na iminência de uma derrota, é que ele perca apoio na reta final da campanha.
No primeiro turno, a pesquisa estimulada
mostrou Lula com os mesmos 44% da semana passada, e Bolsonaro oscilando de 32%
para 31%. Ou seja, ambos permaneceram dentro da margem de erro. Na soma dos
votos de todos os candidatos, há empate em 44%, indicando que permanece
possível para Lula ganhar no primeiro turno. Na simulação de segundo turno,
Lula ainda subiu de 50% para 52% e Bolsonaro caiu de 37% para 36%.
No recorte até um salário mínimo, a
distância de Lula para Bolsonaro subiu, apesar de o Auxílio Brasil ter
aumentado o seu valor para R$ 600 no mês de agosto. Lula subiu de 54% para 56%
e Bolsonaro caiu de 22% para 21%. Entre os que recebem algum benefício do
governo federal, Lula caiu de 52% para 50%, mas Bolsanaro também recuou, de 29%
para 27%.
Uma grande surpresa aconteceu no Sudeste.
Na semana passada ambos estavam empatados na margem de erro (3 pontos nesse
recorte), com 39% para Lula e 33% para Bolsonaro, e agora Lula subiu para 41%,
enquanto Bolsonaro caiu para 30%. No Nordeste, Lula caiu de 57% para 56%, mas
Bolsonaro caiu mais, de 25% para 23%. A avaliação ruim do governo permaneceu em
43%, e 57% dos entrevistados desaprovam a maneira de governar de Bolsonaro.
Bolsonaro vem pedindo doações a
empresários, mas, como contou ao Álvaro Gribel um alto executivo que tem se
encontrado com ambas as campanhas, não tem conseguido os recursos que precisa.
No PL, partido do presidente, a meta é manter as bancadas na Câmara e no
Senado, por isso, os recursos do fundo partidário também estão escassos.
Sem crescer nas pesquisas e sem que os estímulos econômicos deem resultado, risco para Bolsonaro é perder apoio de aliados na reta final.
O grande medo de Bolsonaro é não chegar ao segundo turno. Seria a suprema humilhação, depois de ficar todo o tempo tão distante do líder nas pesquisas.
ResponderExcluirEssa conversa fiada, que era uma fantasia antiga de Lula vencer no primeiro turno já caiu há muito tempo.
ResponderExcluirAgora a turma está no salve se puder, imaginando a pedreira que vai ser o segundo turno com todos os parlamentares eleitos sentindo o vento soprando para o lado da direita,
Deus, Liberdade, Família e Pátria!
Presidente reeleito!
anota aí
Bolsonaro deve estar ansioso até às raias da loucura.
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