O Estado de S. Paulo.
Golpe? Que golpe? O Brasil irá às urnas hoje com alegria e, ganhe quem ganhar, tomará posse
Depois de quatro anos temendo um golpe, com
as instituições em sinal de alerta e as autoridades mais responsáveis roucas de
tanto defender as urnas eletrônicas e a democracia, o Brasil chega ao dia da
eleição para presidente, governadores, senadores e deputados federais em paz e
com a saudável ansiedade para dar tudo certo e os brasileiros serem felizes
para sempre.
Golpe? Que golpe? O Brasil não é uma
Venezuela de direita, de esquerda nem de centro, e não há instituições e
segmentos consideráveis da sociedade com força e disposição para fechar o
Congresso, invadir o Supremo, rasgar a Constituição. E é até um acinte suspeitar
que as Forças Armadas participariam de aventuras contra a democracia. Gato
escaldado...
Sempre haverá oficiais radicais e valentões de pijamas, assim como são muitos, talvez a maioria, os que rejeitam o expresidente Lula. É um direito deles, assim como o dos 52% de eleitores que rejeitam o presidente Bolsonaro. Mas, ganhe quem ganhar, Exército, Marinha e Aeronáutica acatarão o resultado das urnas e baterão continência, como manda a Constituição. E como fizeram nos oito anos de Lula.
Nos momentos difíceis, sempre há temor de
golpes, tragédias, crises sociais, mas, desde a redemocratização, nada disso
vai adiante. Se alguém desejou, ficou no desejo. O próprio fim da ditadura
militar foi sem um só tiro, uma só gota de sangue, na base da negociação.
Depois, a esquerda previu o caos se Dilma Rousseff sofresse impeachment e que
“morreria gente” caso Lula fosse preso. E o que aconteceu? Nada.
Só no mundo paralelo e no WhatsApp há
golpes. No mundo real, o eleitor vai votar, a urna eletrônica vai funcionar, o
TSE vai totalizar os votos numa sala aberta e clara em Brasília e os resultados
serão anunciados na noite deste próprio domingo. E vem a festa de quem ganhar
em primeiro turno, a reorganização dos que vão enfrentar o segundo e os muxoxos
dos derrotados.
É aí que mora o perigo. Uma coisa é
reclamar da vida e até soltar um palavrão. Outra é um bando de milicianos
armados ameaçando, agredindo e tumultuando o País. Mas a polícia agirá contra
criminosos e alucinados, e golpe não haverá.
O que estamos esperando sentados, há meses,
é que todos os candidatos, especialmente o presidente da República, deem ordem
de comando contra a violência e façam uma conclamação pela “paz e harmonia” nas
eleições, como fez o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. Que o dia da
eleição seja alegre, colorido, cheio de esperança. E que vençam os melhores!
LULA PRESIDENTE HOJE!
ResponderExcluirÉ O MELHOR.
Pois é,não deu,anônimo,a abstenção foi imensa.
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