Valor Econômico
No debate da noite deste domingo, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou melhor. Explorou bem um
tema que deixa o presidente Jair Bolsonaro (PL) na defensiva, diante da
catastrófica gestão da pandemia pelo governo federal. Conseguiu reforçar a
imagem de que o adversário não se preocupou com as vidas perdidas durante a
crise sanitária, abordou as denúncias de corrupção na compra da vacina e
recordou da demora na imunização da população.
Lula perdeu-se, contudo, quando foi
perguntado sobre o petrolão por um dos jornalistas que apresentaram questões
durante o debate. Na sequência, demonstrou nervosismo e deu espaço para
Bolsonaro insistir no tema. Nesse contexto, perdeu muito tempo e acabou dando
espaço para Bolsonaro repisar o aumento do valor do Auxílio Brasil, a relação
do petista com governos estrangeiros, combate às drogas e religião.
Bolsonaro ainda contou com um reforço de peso, o apoio do ex-ministro Sergio Moro, com quem havia rompido e pode lhe ajudar nesta reta final da campanha a reforçar o tema do combate à corrupção. Até agora, Lula não conseguiu explorar com eficiência as fragilidades de seu adversário nesse campo.
Moro tanto ajuda como pode piorar ainda mais.
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