O Estado de S. Paulo
Lula tem ‘povo na rua’ e reconhecimento institucional e internacional; falta Bolsonaro
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fechou o cerco, com
muitas, rápidas e expressivas manifestações internacionais, o reconhecimento da
sua vitória pelos presidentes da Câmara, do Senado e do Supremo e, o que não
poderia faltar, apoio popular, nas ruas. A primeira providência após o anúncio
do resultado, portanto, foi reforçar algo indispensável: condições de
governabilidade.
Dos apoios institucionais, o primeiro e
mais relevante foi de Arthur Lira, legítimo líder do PP e do Centrão, que foi
eleito para a presidência da Câmara com o decisivo apoio do ainda
presidente Jair Bolsonaro e defendeu já no domingo o respeito à
vontade da maioria e que “é hora de desarmar espíritos, estender a mão aos
adversários, construir pontes”.
O Centrão vai fechando a última página do governo Bolsonaro e abrindo a primeira do futuro governo Lula, confirmando a máxima, adaptada, de que “hay gobierno, soy a favor”.
Diplomatas, inclusive “da ativa”, comemoram
a “volta à normalidade” e a “reinclusão do Brasil no mundo”, com a avalanche de
manifestações de reconhecimento e apoio a Lula. Joe Biden, dos EUA, soltou nota
menos de uma hora depois da eleição e ligou para Lula menos de 24 horas depois,
para propor parcerias em ambiente, combate à pobreza, segurança alimentar e,
claro, democracia.
Também se manifestaram líderes de França,
Alemanha, Espanha, Itália, Portugal, de Cuba, à esquerda, e da Turquia, à
direita, e na segunda-feira Lula já se reunia com o presidente da Argentina,
Alberto Fernandez, bom exemplo do apoio no continente.
Um a um, líderes políticos, religiosos,
empresariais e a própria Febraban vão reconhecendo a vitória de Lula e
cumprimentando o presidente eleito, mas faltava o principal, pelo menos até a
noite desta segunda-feira, 31: Jair Bolsonaro. Essa lacuna não é apenas
constrangedora e se torna mais um ato mal-educado e fora das regras produzido
pelo presidente, que, além de tudo, é um mau perdedor.
Ruim para o País, ruim para o próprio
Bolsonaro. Quanto mais o tempo passa, mais ele corre o risco de sua
manifestação se tornar irrelevante, dispensável, palavras ao vento, depois que
todos os personagens que interessam já o fizeram. Não é papel de um líder, que
deve esse gesto ao vitorioso, mas também uma palavra aos seus 58 milhões de
eleitores.
Lula prepara o futuro ampliando apoios,
defendendo paz e diálogo, abrindo negociação com o Congresso e com o mundo.
Bolsonaro vai virando passado rancoroso, isolado, ignorando as regras e o
decoro do cargo. A comparação reforça o resultado das urnas.
"Lula tem ‘povo na rua’ e reconhecimento institucional e internacional; falta Bolsonaro"
ResponderExcluirEntão não falta nada. Kkkk
"mas faltava o principal, pelo menos até a noite desta segunda-feira, 31: Jair Bolsonaro."
ResponderExcluirRá, principalmente na sua opinião. Desde qua do o derrotado é principal?
"Bolsonaro vai virando passado rancoroso, isolado, ignorando as regras e o decoro do cargo. A comparação reforça o resultado das urnas."
ResponderExcluirNão tem comparação. Vcs, jornalistas, comparam. LULA É, SEM COMPARACAO, MUITO MELHOR.
Ele já é passado há muito tempo.
ExcluirE o passado é uma roupa que não nos serve mais.
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