O Globo
O país deve a Alexandre de Moraes a ordem
política
A cerimônia de diplomação de Lula,
na segunda-feira, foi o grande dia do ministro Alexandre de
Moraes. À sua firme presidência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
o país deve a preservação da ordem democrática e da dignidade do Poder
Judiciário. Tanto ele como Lula rememoraram a agressividade criminosa que
acompanhou a campanha. Ambos sabem muito e usaram adjetivos fortes para deixar
em segundo plano revelações constrangedoras. Um dia se conhecerá o diálogo que
manteve com o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal na tarde do segundo turno,
quando bloqueios dificultavam o deslocamento de eleitores no Nordeste. Dele,
até agora, só se ouviu que não lhe ofereceu café.
Ficando num só episódio, visto na noite de
30 de outubro: anunciado o desfecho, a ministra Rosa Weber, presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF),
comemorou a lisura do processo. Era um recado para quem queria manter as falsas
polêmicas dentro dos limites do TSE. Falava a presidente do STF. O Poder
Judiciário garantiu o processo eleitoral de 2022 com uma conduta que, como
lembrou o ministro, poderá impedir futuras investidas golpistas.
Jair Bolsonaro tem razão quando diz que governou dentro das quatro linhas da Constituição. Falta-lhe dizer que isso se deveu à firmeza do Judiciário, a quem deliberadamente insultava.
Além de ser um magistrado de grande coragem
pessoal, Moraes é um servidor formado no Ministério Público com experiência no aparelho
policial. Ele foi secretário de Segurança de São Paulo e gostou da função.
Conhece as pressões dos inquéritos e o desconforto das camas nas carceragens.
Essa característica habilitou-o para apertar com sincronismo os botões da
coerção e da jurisprudência.
Nomeado por Michel Temer,
Moraes caiu na presidência do TSE por um afortunado rodízio. Se no seu lugar
estivesse um dos ministros nomeados por Lula ou Dilma
Rousseff, a batalha teria sido mais áspera. Antes dele, a cadeira
era ocupada por seu colega Edson Fachin, um juiz severo, com mais gosto pelas
doutrinas que pelos camburões. Deve-se a Fachin o traçado da linha de defesa
das urnas eletrônicas. Como Moraes, um dia ele contará o trabalho que essa
defesa lhe deu.
Moraes combateu em várias frentes. Defendeu
as urnas eletrônicas, enquadrou plataformas disseminadoras de mentiras e,
depois do resultado, dissolveu bloqueios de caminhoneiros estimulados por
empresários. Nenhum desses embates foi simples. Os gestores das grandes
plataformas entravam no seu gabinete com a pompa dos balanços de suas empresas
e saíam preocupados com o tamanho do bônus no fim do ano. A qualquer momento
ele poderia ficar na posição do magistrado que fala da lei, enquanto seu
interlocutor acredita que é fácil fechar um tribunal. Esse tipo de personagem
viu-se obrigado a lidar com um magistrado que sacode códigos com uma das mãos e
chaves (de celas) com a outra.
Falta aplicar os rigores da lei aos
irresponsáveis que se barricaram, bloquearam estradas em diversos estados e
incendiaram ônibus em Brasília, bem como aos senhores que os incentivam no
conforto de suas salas.
Alexandre de Moraes foi a pessoa certa no
lugar certo, na hora necessária.
Falta aplicar os rigores da lei ao canalha-mór da República, o GENOCIDA, que ocupou o cargo de presidente por quase 4 anos e cometeu crimes quase diariamente enquanto estava nesta função! Com a cumplicidade óbvia do novo Engavetador-geral do MPF Augusto Aras e do presidente da Câmara Arthur Lira, que pouco tentaram barrar tantas atrocidades cometidas pelo bandido chefe da quadrilha bolsonarista.
ResponderExcluirAlexandre,O Grande.
ResponderExcluirGaspari, o eterno Garachué dos militares agora servindo(!) de arauto de autocratas e bandidos.
ResponderExcluirCoitado, depois de velho ainda se prestar a esses papéis.
Heitor
A Lepra que devora a perna do Bozo ė a mesma que comeu o dedo do larápio
ResponderExcluirBoa
ExcluirNão brinque com doença,meu pai!
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