Folha de S. Paulo
Ex-presidente segue cartilha de Trump para
posar de vítima de conspiração e esconder crimes
Rumo a uma nova campanha, Donald Trump resolveu
agitar o picadeiro. No fim de semana, o ex-presidente americano disse ter
recebido a
informação de que seria preso e convocou apoiadores para um protesto:
"Retomem nossa nação!".
Trump seguiu a cartilha de sempre. O
ex-presidente afirmou que é perseguido nas investigações sobre o pagamento
ilegal feito por seu advogado a uma estrela pornô em troca de silêncio. Ele
posou de vítima de uma conspiração, fez barulho para chamar atenção e tentou
usar seu eleitorado como escudo.
Se o recente ciclo do populismo ensinou
algo, ninguém deveria se surpreender com o comportamento de imitadores
do trumpismo em
situações semelhantes.
Flávio Bolsonaro deu pistas desse rito em entrevista à Folha. Com o pai na mira do TSE pelos ataques às urnas, o senador disse que os processos contra Jair Bolsonaro são "ações políticas", afirmou que torná-lo inelegível "seria a maior atrocidade das últimas décadas" e sentenciou que seria antidemocrático "tirar na canetada uma pessoa que representa grande parte da sociedade".
Está quase tudo ali: a ideia de um conluio,
o argumento de que a inelegibilidade seria arbitrária e o esforço para atribuir
uma falsa imunidade a um político porque ele carrega uma popularidade robusta.
Faltou a incitação a uma insurgência, mas
os bolsonaristas já mostraram que essa é uma carta disponível. Antes da
eleição, Flávio falava em "perigo
de instabilidade" diante das suspeitas sobre as urnas, que sua família
alimentava, e dizia que era impossível conter a reação de apoiadores em caso de
derrota.
Tratar o processo de inelegibilidade como
briga política é o plano de Bolsonaro. Nessa arena, ele busca desviar a atenção
de seus crimes, simular a percepção de que será julgado por um inimigo (o TSE)
e sugerir a seus seguidores que eles também estão sob ataque. De quebra,
aproveita a ocasião para atrair holofotes num momento de vulnerabilidade e
agitar seus eleitores.
Sem contar com o Golpe das Antenas Parabólicas.
ResponderExcluirO SIGA.ENGANADO explica:
Se o sistema 5G optou por usar a faixa dos canais abertos da TV parabólica, porque é que o povo (milhões) é que tem que arcar com o custo de novas antenas e receptores?
Quem deveria pagar são as empresas que enriquecerão com o 5G!
Não: a tchurma do pilantra Fábio Faria e os bolsonaroa donos das fabricantes dos equipamentos é que se refestelarão!
E o povo?
Que se fo, digo, ferre-se!
Bolsonaro, o Trump tropical...
ResponderExcluirTrump, o genocida riquinho!
Trump e Bolsonaro...
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