quarta-feira, 22 de março de 2023

Mariliz Pereira Jorge - Muito mais perigosa

Folha de S. Paulo

Os planos de Valdemar Costa Neto para Michele vão além de estados e Congresso

O evento de posse de Michelle Bolsonaro como presidente do PL Mulher foi mais um passo para o partido dar uma rasteira em Jair Bolsonaro e preparar a ex-primeira-dama para 2026.

No futuro, espero voltar aqui e dizer que estava errada.

Mas os planos de Valdemar Costa Neto para ela parecem ir além de disputas a governos estaduais ou ao Congresso. Michelle será a candidata à Presidência.

É uma loucura? Lembre-se do deputado do baixo clero. Não só venceu como quase se reelegeu. Apesar do evidente capital político, Bolsonaro tem problemas demais, enquanto a mulher mostrou força em 2022 e parece trazer soluções aos olhos da extrema direita.

A cerimônia começou com a participação do ex-presidente, que falou apenas dele. Seguiram-se discursos de homens do PL e, só então, a realização de painéis em que a mulher era o tema central.

Na agenda, os assuntos seriam "trabalho", "saúde e família", "igualdade social". O painel "violência contra a mulher" foi cancelado. Coincidência ou não, a deputada Julia Zanatta (PL-SC) falaria sobre "segurança". Zanatta é aquela que posou com uma metralhadora, vestida com camiseta estampada com a mão de Lula cravejada por balas. Uma fofa.

Na prática, as participantes (mulheres forjadas por Deus, lindas, fortes, femininas e cheirosas, segundo Michelle) se revezaram para exaltar religião, patriotismo e família, atacar a esquerda, feministas, o diabo. Sério, o diabo. Todas acreditam que atendem a um "chamado" e que têm um grande "propósito", apesar de não ter ficado claro como elas podem melhorar a vida de alguém.

Foram duas horas e meia de um vazio sobre a realidade, zero propostas de políticas públicas. O Brasil parece não ter problemas, as brasileiras não têm problemas, o único problema é o "perigo" da descriminalização do aborto, debatido no "painel" de saúde. O PL começa a empacotar uma versão menos estridente e muito mais perigosa de Jair Bolsonaro.

 

9 comentários:

  1. Michê & PL:
    dose dupla pra leão (ou leoa?)

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  2. Bobagem. Micheque é pastel de vento. Assim como é o genocida. Lembro q Lula tá no terceirão. Bozo ficou num só. Lula fez seu sucessor; o paspalho, fugiu pros isteits. O candidato da direita nunca será a micheque - ela não passará por cima do thorcisio (pule de dez) e dos filhotes do canastrão.

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  3. Também acho que Micheque não guenta o tranco. É muito dondoca, vai deixar de fazer compras no shopi pra participar de motociatas com marmanjos abobalhados?

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  4. E quase que o Moro foi fazer companhia ao Celso Daniel.

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  5. Isso é desejo. De mulher pra mulher, mi-che-qui.
    Valdemar só está se cacifando pras próximas eleições. Não terá nenhum remorso em sacrificar a micheque na hora que lhe convier, assim como parece fazer com o palerma da República.
    Mas vai aderir ao candidato da vez q lhe trouxer maior lucro - hoje, tudo indica q é o Tarcísio de Sampa.
    Não importa quem, desde que renda mais.

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  6. O Bozo, quem diria, não mandou matar ninguém e só foi trocar o governo que os crimes começaram a florecer. Os assassinatos dos petistas, Paulinho e Celso Daniel nem sequer foram esquecidos e já começa tudo de novo.

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  7. Nessa toada não vai sobrar um,meu irmão.

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  8. O GENOCIDA não mandou matar, ele só estimulou a contaminação de milhões que não precisavam se expor e deixou morrer centenas de milhares que se contaminaram achando que não deviam usar máscara, que a Covid era só uma GRIPEZINHA, que vacina era negativa porque transformava gente em JACARÉ e que tinha remédio eficiente (cloroquina) propagandeado pelo presidente MENTIROSO e CRIMINOSO, que mandou seus seguidores INVADIREM HOSPITAIS de campanha para fotografar irregularidades imaginárias.

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