Folha de S. Paulo
Evangélicos protocolam PEC que amplia
imunidade tributária das igrejas
A bancada evangélica protocolou na Câmara uma proposta de emenda constitucional que amplia ainda mais a imunidade tributária conferida a igrejas. Se vingar, templos de qualquer culto ficarão livres também dos impostos sobre os bens e serviços que consomem. O Edir Macedo poderá comprar jatinhos sem pagar IPI, ICMS e Imposto de Importação; o sacristão poderá adquirir o vinho da missa sem recolher os impostos com alíquotas mais elevadas que recaem sobre bebidas alcoólicas, os "sin taxes" (impostos sobre o pecado). É o paraíso fiscal na Terra, mas restrito a igrejas e outros poucos eleitos, como partidos políticos e sindicatos.
A imunidade
tributária a igrejas até já funcionou como um reforço ao princípio da
liberdade religiosa. No passado, era fácil para a fé oficial, que era parte do
Estado, dificultar a vida das concorrentes apenas as tributando pesadamente.
Mas esses mecanismos devem ser analisados à luz do contexto histórico em que
ocorrem. Ainda mais remotamente, a "jiziat", o imposto especial que
os muçulmanos cobravam de membros de outras religiões, foi visto como gesto de
tolerância. Quem pagava essa taxa ficava sob a proteção do califa e podia
praticar sua fé. A alternativa, vale lembrar, era ter a religião proscrita.
E, no contexto atual, no Brasil, a
imunidade não é mais um complemento da liberdade de culto. Hoje, seria
constitucionalmente impossível cobrar mais impostos de uma igreja que de outra,
o que é uma excelente razão para que todas os paguem. Ainda que se acredite na
falsa premissa de que religiões só praticam o bem, há inúmeras outras entidades
voltadas à promoção de ações sociais que recolhem tributos. Acho que deve
prevalecer o princípio da solidariedade tributária, segundo o qual todos pagam
para que cada um pague menos.
Para provar que o Diabo existe, há sinais
de que o PT, para ganhar as almas dos evangélicos, poderá apoiar esse
escândalo.
Abramos, cada um de nós, nossos próprios templos, irmãos! Quem elegeu Lula e Alckmin foram os católicos. Além dos cães pastores evangélicos que ganham os tubos com a fé alheia, também os padres vivem do bem-bão dos óbulos. Um, fé de mais, outro, fé de menos ...
ResponderExcluirAbre o templo e compra o jatinho sem impostos, e se bobear com juros subsidiados do BNDES kkkkkk
ExcluirEstes ateus esquerdistas não aceitam o empreendedorismo religioso... Depois da globalização, por que o Senhor não poderia terceirizar sua comunicação com os otários, digo, os fiéis? Se os pastores conseguiram o monopólio da comunicação celestial, por que eles não podem ser justamente remunerados por sua safadeza, digo, sagacidade? Estas coisas são todas mercadorias e serviços espirituais, não cabe o Estado querer regular e ainda mais taxar as coisas de Deus. Ele proíbe isto e amaldiçoa os políticos que querem prejudicar os negócios dos pastores. A liberdade religiosa é tão importante justamente para proteger os pastores e seu gado, digo, seu rebanho.
ResponderExcluirGostei do último comentário.
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