Valor Econômico
“Demagogia
não vai resolver os problemas da economia brasileira”, afirmou o ministro ao
anunciar as medidas sobre combustíveis
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, resumiu em uma
frase sua vitória na queda de braço da reoneração dos combustíveis. “Demagogia não vai
resolver os problemas da economia brasileira”, disse, ao anunciar, em linhas
gerais, a
Medida Provisória a ser publicada no Diário
Oficial.
Naquele mesmo momento, a presidente do PT assumia, nas redes sociais, a carapuça. Depois da tensa conversa ao telefone que tiveram no sábado à noite, quando Haddad ligou-lhe, da Índia, para cobrar seu tuíte crítico à reoneração, Gleisi Hoffmann resolveu voltar sua artilharia para o Banco Central, a quem responsabilizou pelo “escândalo da taxa de juros de 411,5% ao ano no cartão de crédito”.
Na entrevista, Haddad
não deixou de cobrar o BC na linha de quem fez sua parte e aguarda a autoridade
monetária fazer a dela. “Começamos a recompor as receitas perdidas em
função das decisões tomadas em função do processo eleitoral e que prejudicaram
a sustentabilidade fiscal”, disse, sustentando que a gastança eleitoral fez
explodir a taxa de juros e que, com a rota adotada por este governo “resta à
autoridade monetária se harmonizar em prol do desenvolvimento”.
O discurso persegue o objetivo de ser identificado como a voz da moderação num governo frequentemente sacolejado pelas declarações da dirigente petista e do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao fazer prevalecer sua moderação, o ministro da Fazenda inflaciona o custo das tentativas de desestabilizá-lo. Só não pode exagerar no figurino de bem-quisto pelo mercado sob o risco de abespinhar um presidente da República que voltou ao poder menos reverente ao capital.
Precisa e delicada como o corte certeiro do bisturi de um exímio neurocirurgião
ResponderExcluirSimples assim.
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