Folha de S. Paulo
Almirantes, generais, um tenente-coronel e
outros fardados no imbróglio do segredo das jóias
O caso das joias presenteadas a Bolsonaro
pela Arábia Saudita, trazidas na moita para o Brasil, está recheado de estrelas
—nas fardas que seus protagonistas usam ou usavam até havia pouco.
O regalo milionário foi entregue ao então ministro das Minas e Energia de Bolsonaro, Bento Albuquerque, ex-almirante de esquadra. Almirante de esquadra é o segundo posto mais alto da Marinha, com quatro estrelas e uma poderosa âncora na insígnia. As joias viajaram de Riad a Guarulhos na mochila do guarda-marinha Marcos André Soeiro. Guarda-marinha é um aluno da Escola Naval prestes a se tornar segundo tenente.
Apreendida a muamba pela Receita Federal,
apressou-se liberá-la o contra-almirante José Roberto Bueno Junior. Um
contra-almirante tem duas estrelas e, idem, uma âncora na insígnia, mas isso
não comoveu a Receita. Entrou em ação o tenente-coronel Mauro Cid, ajudante de
ordens de Bolsonaro. Um tenente-coronel está a dois passos do generalato, e Cid
ainda tem o privilégio de usar Glostora no cabelo e farda com
gravata-borboleta. Pois voltou de mãos abanando. Outro encarregado de peitar a
Receita foi Jairo Moreira da Silva, primeiro-sargento da Marinha. Debalde.
Dois elementos da própria Receita
instruídos por Bolsonaro para resolver o problema também se frustraram. Mas
ganharam cargos fictícios nas embaixadas de
Paris e Dubai, em atos assinados pelo ex-general e
vice-presidente Hamilton Mourão na ausência de Bolsonaro, que fugira para a
Flórida a dois dias do fim do mandato. Dia este em que um jato da FAB, com
gasolina paga por você, foi de Brasília a Guarulhos com o fim exclusivo de
desbloquear a batota —igualmente em vão. E Michelle Bolsonaro, cujos colo,
orelhas, pescoço e braços ostentariam as joias, vem sendo municiada sobre o que
dizer pelo ex-general Braga Netto.
Está certo. Pelo artigo 142, as Forças
Armadas se destinam à defesa da Pátria.
Ruy Castro é jóia rara.
ResponderExcluirInsubstituível e orgulhosamente pertencente ao acervo nacional.
Ainda bem.
A muamba e os vassalos milicos do genocida.
ResponderExcluirVergonha para nossas forças armadas.
ResponderExcluirMilitares estrelados atrelados aos interesses do miliciano.
ResponderExcluirO milico chega ao topo da carreira, almirante, e se presta ao papel de MULA. Mas, claro, o ambiente militar nisso o transformou, numa MULA EM DUPLO SENTIDO: passador de muamba e pouco inteligente. Mas a mula-animal tem mais força de vontade do a mula-milico. Explico: a mula-animal é capaz de se recusar a cumprir certas tarefas enquanto q a mula-milico fica de quatro imediatamente.
ResponderExcluirDe muamba em muamba...
ResponderExcluirA muamba também incluiu um FUZIL incorporado pelo GENOCIDA ao seu acervo pessoal.
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