Folha de S. Paulo
Ex-presidente e aliados se complicam ao
tratar apreensão de diamantes como problema burocrático
Trazer um pacote
milionário de joias ao Brasil sem comunicar às autoridades foi
só a primeira infração do time de Jair
Bolsonaro. O ex-presidente e seus aliados conseguiram se complicar
ainda mais ao fingir que a história dos presentes sauditas era um problema
burocrático menor.
Os bolsonaristas tornaram a defesa do ex-presidente mais difícil desde que os itens foram apreendidos, em 2021. Auxiliares quiseram reaver as joias por meios irregulares, tentaram driblar as restrições da lei e espalharam versões desencontradas sobre os presentes.
A equipe de Bolsonaro deu seguidos sinais
de que não pretendia tratar o pacote como um presente oficial e destiná-lo ao
acervo público, como
determinam a lei e o Tribunal de Contas da União. A primeira prova
já apareceu no aeroporto, quando o ministro Bento Albuquerque tentou dar uma
carteirada e disse que as joias eram para a primeira-dama.
A partir de então, uma força-tarefa para
liberar o presente envolveu assessores do presidente, militares e a cúpula da
Receita. A pressão era feita sobre os servidores responsáveis pela apreensão.
Eles não cederam porque o governo insistia em manter a possibilidade de incluir
as joias no acervo privado de Bolsonaro.
A investida feita no apagar das luzes do
governo reforça a suspeita. A dois dias do fim do mandato, um sargento da
Marinha foi ao aeroporto para pegar o presente com urgência —o que só seria o
caso se o então presidente estivesse interessado em levar os diamantes para casa.
O próprio Bolsonaro se enrolou ao explicar
a história. Primeiro, ele afirmou que não havia pedido o presente, mas deixou
de dizer que ficou com
outro estojo valioso entregue na mesma viagem.
Depois, o advogado do ex-presidente alegou
que os diamantes eram um presente particular. Não era o caso. As regras atuais
estabelecem que itens dados por governos estrangeiros não são de uso pessoal.
Com a desculpa, porém, a defesa praticamente admitiu que Bolsonaro ficaria com
as joias de R$ 16,5 milhões.
Jair Bolsonaro, por ter bolso no nome, achou que podia usá-lo para afanar as jóias árabes de € 3 milhões, levá-las aos States no avião presidencial 'oficial', e utilizar suas 'habilidades' criminosas para dividir as jóias e vendê-las por lá.
ResponderExcluirDaria enredo pra um filme de 5a categoria, digno da sua 1a dama-assecla.
Pois é, embolsar recursos públicos é uma das preferências criminosas dele.
ResponderExcluirQue quadrilha, gente, que quadrilha!
ResponderExcluirA novela das joias continua.
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