Folha de S. Paulo
Mineiro politiza problemas reais de forma
canhestra e xenófoba como plataforma para 2026
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema,
tem buscado dar guarida ao eleitorado mais radical no campo das direitas.
Enquanto Tarcísio
de Freitas, governador de São Paulo, vem sendo tachado de
"covarde" e "vendido" por extremistas ao apostar na
moderação, Zema opta por continuar a estimular o radicalismo político a
despeito da fadiga da maior parte dos eleitores brasileiros com a lógica do
"nós versus eles".
Após a invasão golpista de 8 de janeiro, o político do partido Novo foi interpelado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) por uma declaração caluniosa. Zema afirmou publicamente que "autoridades trabalharam para que os ataques ocorressem, de forma que, colocando-se na posição de vítimas, pudessem obter supostos ganhos políticos perante a sociedade brasileira e a comunidade internacional", ecoando narrativas conspiratórias que trafegam em meios bolsonaristas.
Quando Bolsonaro
foi declarado inelegível, Zema apelou ao sensacionalismo para atrair
atenção midiática. Valendo-se da conhecida tática bolsonarista de buscar
holofotes por meio da criação de controvérsias fúteis a partir de declarações
absurdas, comparou a atuação do Estado brasileiro ao fascismo.
No dia seguinte à decisão do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), o político mineiro afirmou em uma rede social: "Fomos
os primeiros a afirmar que, quanto mais complexa se torna a civilização, mais
se deve restringir a liberdade do indivíduo. Benito Mussolini". A
publicação foi acompanhada da legenda "Bom dia".
Contudo, diferentemente de Bolsonaro, que
nunca se importou com o potencial ofensivo de seus disparates, Zema não
conseguiu sustentar a postura inflamada. Ao ser indagado sobre sua proximidade
com extremistas de direita e sobre o mal-estar gerado pela frase do líder
fascista, o governador respondeu, de forma truncada, que era favorável à liberdade
de opinar e pediu desculpas por eventuais mal-entendidos.
Não contente em alimentar extremismos e
suspeitas contra a ação estatal, agora
Zema procura estimular conflitos políticos regionais como plataforma para 2026.
A divisão regional que fez do Nordeste a principal reserva de votos do PT em
eleições presidenciais teve início em 2006 e foi qualificada pelo cientista
político André
Singer como um realinhamento eleitoral. Passados 16 anos, o padrão se
consolidou. Como bem se sabe, Bolsonaro
ganhou em todos os estados do Sul e do Sudeste nas eleições de 2022,
com exceção, justamente, do estado governado por Zema, Minas Gerais.
Aproveitando o timing das discussões da
reforma tributária, Zema procura estender o imaginário paulista de locomotiva
do país ao eixo Sul-Sudeste. Para tanto, politiza de
forma canhestra e xenófoba problemas reais acerca da distribuição de
responsabilidades tributárias por meio do chamado Consórcio Sul-Sudeste
(Cossud), que reúne mais de 250 parlamentares e agora terá escritório próprio
em Brasília.
Contudo, se a estratégia de Zema de
fato vem
rendendo maior exposição midiática, ainda que negativa, faltam ao
mineiro maior
nacionalização e melhores habilidades políticas para substituir a
preferência das direitas por seu adversário paulista.
'TADIM DO ZEMA, GENTE, TÃO BOBIM...
ResponderExcluirPENSA QUI É GENTE, COITADO!
VAI VIRAR DE NOVO BURRINHO DE CARGA NOS ARAXÁS LOGO-LOGO; ISPERA PRO CÊ VER...'
COMENTÁRIO DE FÁBIA, A SÁBIA, MINHA ASSISTENTE-DOMÉSTICA CRUEL, VERDADEIRA E DEFINITIVA.
ele é um tremendo farsante da política...
ResponderExcluirMAM
Zema e Zambelli,uma dupla do...
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