Folha de S. Paulo
Vexame da agressão e reação de Marçal vão
forçar eleitor a decidir se o tumulto já foi longe demais
Durou pouco a ilusão de que seria possível
trazer a eleição de São Paulo de
volta ao mundo real. No primeiro debate após a cadeirada de José Luiz Datena
em Pablo Marçal,
alguns candidatos acreditaram que o trauma abriria caminho para fazer da
campanha uma discussão sobre preparo e equilíbrio. O devaneio evaporou ainda no
primeiro bloco.
A permanência da disputa no reino da grosseria é um oferecimento do próprio ex-coach. Marçal provou que tem talento para se manter como protagonista e tentou ditar o tom deste momento pós-cadeirada. Dobrou a aposta no conflito e nas ofensas aos adversários. Quase todos os outros candidatos caíram no golpe.
O debate
RedeTV!/UOL sugere
que pouca coisa é capaz de romper a lógica da campanha paulistana. Guilherme
Boulos e Ricardo Nunes ensaiaram
uma fala pacificadora para tentar evidenciar a fábrica de perturbação instalada
no comitê de Marçal. Tabata Amaral teve ainda mais habilidade para tirar
proveito do contraste com o ex-coach. Nada disso, no entanto, foi capaz de
isolar de vez o candidato do PRTB ou impedir que o circo fosse reinstalado. Em
pouco tempo, todos estavam de volta ao picadeiro.
Marçal decidiu insistir no jogo baixo depois
de perceber que a tática da
vitimização talvez não tivesse o efeito que ele esperava. Em
vez de transmitir a imagem de um candidato corajoso, que chega a ser agredido
por falar coisas inconvenientes, o ex-coach corria o risco de passar uma imagem
de fragilidade.
Na mudança de rota, Marçal teve que operar
uma transformação constrangedora: em pouco mais de 24 horas, passou do paciente
agonizante dentro de uma ambulância ao valentão que jura não se
intimidar e ainda repete acusações contra seu agressor.
O ex-coach não tinha muitas alternativas. O
repertório de Marçal é limitado ao barulho que ele é capaz de produzir. Firmar
um pacto de civilidade e agir como um candidato a prefeito normal deixaria sua
campanha numa desvantagem considerável.
Isso não significa que a corrida ficará
exatamente onde estava antes da cadeirada. O vexame da agressão e a reação de
Marçal vão forçar o eleitor a decidir se o tumulto já foi longe demais.
Esse destempero do candidato Datena que pela primeira vez agrediu em um debate com uma cadeira, que poderia ter causado um trauma craniano de graves consequências no oponente e hoje a imprensa só fala nisso achando quase normal
ResponderExcluirEnquanto o pior candidato, o que mais ameaça a estabilidade o progresso de São Paulo é o queridinho do Lula e por isso os jornalistas passam pano , que é o Guilherme bolos candidato de extrema esquerda do PSOL que teve toda sua carreira Política pautada em cima de invasões de propriedades privadas, pelo qual já foi preso três vezes , se utilizando da ingenuidade e da carência do povo pobre paulista
Põe longe nisso.
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